03/10/2013
“Estamos hoje nesta Audiência Pública convocada por esta casa, não apenas para debater as questões técnicas, mas para manifestar publicamente, como já o fizemos em outras ocasiões, a defesa intransigente à preservação do único modelo de desenvolvimento regional que permite a sustentabilidade da floresta e do povo do Norte do país”, disse Josué Neto, alertando que hoje, a Zona Franca não é mais um projeto só do Estado do Amazonas, mas de todo o Brasil.
Josué Neto disse que alguns pontos precisam ser especificados, para que se compreenda, de uma vez por todas, que o incentivo fiscal concedido à Zona Franca de Manaus não se trata de uma bondade do Governo Federal para com o Estado do Amazonas, mas de investimento na sustentabilidade ambiental da Região Amazônica.
A temática do discurso do presidente da Assembleia Legislativa foi reforçado pelo superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira que em sua palestra afirmou que o aumento do faturamento do PIM e os benefícios gerados resultou na redução de 73% no desmatamento na última década. “A primeira parte que nós temos que falar para sociedade brasileira é esta realidade de impacto na manutenção da Amazônia”, disse.
Comparando números de pesquisas sobre a valoração da floresta em pé, em torno de R$ 987 bilhões, e da renúncia fiscal do país para sua manutenção, em torno de R$ 26 bilhões, o deputado Josué Neto mostrou que a contribuição da floresta amazônica em pé é imensamente superior a essa renúncia em benefício do Amazonas. “E isso leva à conclusão lógica que esse quantitativo diminuto não beneficia apenas o Amazonas, e sim, toda a nação brasileira”, argumentou.
Ainda fazendo uma relação entre a renúncia fiscal e os benefícios gerados pela manutenção da floresta, à produção agropecuária brasileira, que foi de 165,92 milhões de toneladas em 2012 e rendeu R$ 380,8 bilhões (CNA/Mapa), Josué Neto apontou que a safra do país responde por 8,66% do PIB nacional, calculado em 4,4 trilhões em 2010 (IBGE), enquanto a renúncia fiscal para a região Norte, incluindo a ZFM, representa apenas cerca de 0,6% do PIB.
O presidente Josué Neto disse que o resultado dos debates será encaminhado, por meio de documento da Assembleia Legislativa do Amazonas, aos membros das bancada federal e aos membros do Senado Federal, para servir de apoio à defesa da Zona Franca na reforma tributária em andamento.
Fonte: Assessoria de Comunicação Aleam