12/12/2014
Tecnologia, inovação e design
São 180 metros quadrados de espaço o showroom do Design Tropical da Amazônia, inaugurado este ano, e uma infinidade de produtos e potencialidades de negócios com quase duas décadas de prospecção, que traduzem uma proposta de regionalização de novas matrizes econômicas. Uma escolha que retoma e promove a tradição cultural milenar das etnias amazônicas, as cores, as tintas, as tecnologias de aproveitamento dos princípios ativos em soluções múltiplas, cosméticas, estéticas e de tradução emblemática da harmonia entre natureza e cultura. Pelas calhas, cidades ou comunidades interessadas ou marcadas por tradições culturais, a Fucapi interioriza a inovação, instrui e inclui técnicas e habilidades de parte a parte onde professores são também aprendizes para assegurar a tradução amazônica na conjugação do verbo inovar na primeira do plural: o design tropical/florestal surge assim como opção robusta de formulação de novas trilhas econômicas. “Na Amazônia há riquezas inimagináveis, precisamos transformar essa riqueza em oportunidades de um mercado sustentável, de inclusão e promoção social, numa perspectiva econômica para resgatar a dignidade do caboclo e do índio. Temos recursos para pesquisa e desenvolvimento, às vezes utilizados para objetivos alheios aos ditames legais e necessidades reais de pesquisa, inovação e desenvolvimento de projetos para a região. Nós sabemos e precisamos difundir o conhecimento regional sobre o uso e transformação de resíduos florestais em peças de alto valor agregado, com o talento nativo, a sensibilidade e a habilidade das populações tradicionais para criar e recriar o fascínio amazônico em favor de nossa gente”. Com essas considerações, Isa Assef recepcionou o empresário Sérgio Vergueiro, um empreendedor que reflorestou áreas degradadas de Itacoatiara com o plantio de 1,3 milhão de castanheiras, no Baixo Amazonas, sendo 1 milhão delas liberadas pelos órgãos ambientais para manejo, eventualmente para insumos dos projetos de Design Tropical caso haja vontade política e visão de negócios para fazer da indústria e da bioindústria os novos caminhos do desenvolvimento não-predatório, integrado ao polo industrial da ZFM ficando a regionalização de oportunidades. O pioneiro das castanheiras estimou a possibilidade efetiva de parcerias colaborativas, agregando empresas, instituições, entidades de classe e poder público para as próximas décadas e desafios monumentais amazônicos.
UEA/FIEAM/CIEAM/FAPEAM - A lógica das andorinhas
Nesta segunda-feira, na reitoria da UEA, será celebrada a formalização das parcerias - entre as entidades de classe da indústria, a Universidade do Estado do Amazonas, e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas, com a colaboração da Universidade de São Paulo, na ampliação e integração colaborativa na qualificação de recursos humanos - inaugurando um novo momento de identificação das saídas para a economia regional através da união de múltiplos parceiros. O aspecto essencial dessa iniciativa é estudar os gargalos de conhecimento, de infraestrutura e a identificação de soluções e encaminhamento na perspectiva política, o caminho natural e obrigatório para defender, consolidar, regionalizar o modelo ZFM, com a abertura de novos mercados e o desenvolvimento organizacional, dos cenários e conglomerados de opções de empreendimento regional. Isso autoriza e exige repensar o modelo e sua autarquia gestora que é a Suframa, conferir-lhe autonomia na interlocução federal, e autoridade para gerenciar os recursos recolhidos pelas empresas para as finalidades previstas em Lei. Programas de mudança, melhoria e inovação devem começar pela dinamização e revitalização institucional da autarquia. Para isso, é preciso estabelecer uma agenda mínima, compartilhada e consolidada pelos atores locais. Além da Suframa, e da agenda mínima local, respaldar as lideranças políticas regionais, mobilizar e alinhar bancada parlamentar estadual e regional, primeiramente no âmbito de atuação da Suframa, para debater e identificar interesses comuns, gargalos repartidos e soluções compartilhadas, como forma de defender a autarquia, seu projeto, atribuição e poder gerencial fundado nos ditames constitucionais.
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Esta Coluna é publicada às quartas, quintas e sextas-feiras, de responsabilidade do CIEAM. Editor responsável: Alfredo MR Lopes. cieam@cieam.com.br
Publicado no Jornal do Commercio do dia 12.12.2014