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Já Ministro da azenda vê início da retomada de atividade e investimento agora no 4º tri

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18/08/2016

A equipe econômica trabalha com o cenário de que a economia brasileira vai registrar um crescimento na "margem" no quarto trimestre deste ano, puxado pela retomada do investimento. Com um diagnóstico mais favorável, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Carlos Hamilton, revisou de 1,2% para 1,6% a previsão do avanço do Produto Interno Bruto (PIB) para 2017, conforme informado pelo Valor. Hamilton explicou que a antecipação dos dados tem como objetivo a transparência e não tem relação com a proximidade do desfecho do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Para 2017, o governo manteve a previsão de 4,8% para inflação. No caso da taxa de câmbio de fim de período, a estimativa saiu de R$ 3,7 para R$ 3,5. Para este ano, a projeção de retração da economia passou de 3,1% para 3%. A projeção de IPCA para fim de 2016 foi mantida em 7,2% e da taxa de câmbio caiu de R$ 3,5 para R$ 3,3.

Hamilton lembrou que existem analistas de mercado que já preveem uma expansão do PIB na margem no terceiro trimestre e, portanto, "não descartaria a hipótese que isso ocorra". "Mas esse resultado não aparece nas nossas projeções", frisou o secretário da SPE. "Não é o nosso cenário. O nosso mostra [crescimento] ligeiramente positivo no quarto trimestre", contou.

Como não é comum o Ministério da Fazenda convocar entrevista coletiva para antecipar dados dos indicadores econômicos que serão utilizados na elaboração da proposta orçamentária, Hamilton destacou que a medida teve como objetivo dar maior transparência e, a partir de agora, será sempre utilizada. O governo vai encaminhar a proposta de orçamento do próximo ano ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto.

O secretário explicou que a decisão de antecipar os dados não está relacionada à proximidade do desfecho do processo de impeachment da presidente Dilma, cujo início está marcado para o dia 25. Segundo ele, o impeachment teve influência "zero". "Nós entendemos que a transparência é importante, que a comunicação é importante para garantir a eficácia da política econômica. Isso vale para a política fiscal. Visando melhorar o diálogo e a comunicação com a sociedade, decidimos divulgar antecipadamente esses parâmetros e vou repetir esse procedimento sempre que couber", disse.

O aumento da previsão de PIB vai alavancar as receitas e ajudar no cumprimento da meta de resultado primário, que é de déficitde R$ 139 bilhões para o governo central, em 2017. O secretário não informou qual seria esse impacto nas contas, dizendo que apenas define os parâmetros e que a Receita que faz o cálculo sobre o efeito na arrecadação.

Para justificar a nova projeção de PIB para 2017, o secretário disse que, desde o segundo bimestre, os mercados começaram a antecipar mudanças no ambiente econômico e o governo viu progressos relevantes em diversos indicadores financeiros como inflação, taxa de prêmio de risco, Bovespa e produção industrial. Ou seja, tem se observado uma recuperação contínua dos índices de confiança.

O secretário afirmou que as despesas no próximo ano estarão controladas pois a proposta orçamentária será elaborada considerando o que está escrito na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que tramita no Legislativo e estabelece um teto para o crescimento dos gastos públicos. A expansão da despesa em 2017 estará limitada ao IPCA projetado em 7,2% para o fechamento deste ano.

Com mudança da previsão de crescimento para 1,6%, a estimativa da equipe econômica ficou acima da média projetada pelo mercado financeiro (1,1%). Mas essa diferença, conforme o secretário da SPE, se deve ao uso de hipóteses e ferramentas econométricas distintas. A mesma resposta foi dada para a diferença de projeção entre a Fazenda e o Banco Central para a inflação deste ano. Enquanto o Ministério da Fazenda estima um IPCA de 7,2%, o BC espera 6,9%.

Fonte: Valor Econômico

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