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IPI ainda sem solução, dizem parlamentares

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17/01/2020

Fonte: D24AM

Parlamentares do Amazonas celebram manutenção da alíquota do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para o polo de concentrados de refrigerantes na Zona Franca de Manaus (ZFM), mas alertam que a indústria ainda está sob risco.

O senador Eduardo Braga (MDB/AM) disse nesta quinta-feira (16), que a medida do governo federal de manter em 8% a alíquota é um passo importante, mas, frisou que não é a solução definitiva.

A posição do senador amazonense acontece no mesmo dia em que o presidente da República postou um vídeo em suas redes sociais dizendo que a vai manter o IPI dos concentrados em 8% – que havia sido reduzido de 10% para 4% – e que em dois anos o subsidio será zerado. Segundo Bolsonaro, “a alíquota para o setor passa de 4% para 8% até chegar em 4% em três anos”.

De acordo com Braga, com a medida, o Amazonas ganha tempo para mostrar ao governo federal a diferença entre reduzir subsídios em regiões desenvolvidas e em modelos de desenvolvimento em andamento. “Reduzir subsídios em regiões desenvolvidas como o Sul, Sudeste e Sudoeste é uma medida acertada porque já atingiu seu objetivo socioeconômico. Agora zerar subsídios em modelos de desenvolvimento como o Norte, Nordeste e o Centro-Oeste brasileiro é dizer não a oportunidade de emprego, renda e desenvolvimento para a população”, afirmou.

O polo de concentrados de refrigerantes movimenta R$ 9,5 bilhões por ano e gera mais de 7,5 mil empregos na ZFM e nos municípios de Maués, Presidente Figueiredo e Rio Preto com a produção do xarope de guaraná para as empresas Coca-Coca e Ambev. No ano passado, a Pepsi-cola deixou de produzir concentrados em Manaus por conta da medida do governo federal de reduzir o IPI de 10% para 8%.

Por sua vez, o deputado federal Marcelo Ramos, afirmou, em nota, que o anúncio feito pelo presidente Bolsonaro, de estabelecer o crédito de IPI do concentrado de refrigerante em 8% neste ano, para em 2022 baixar a alíquota para 4% para quem compra o produto na Zona Franca de Manaus, “trai seu compromisso com o povo do Amazonas e coloca o polo de concentrados e a ZFM, e consequentemente os empregos dos amazonenses, no corredor da morte”. Para o deputado, “a medida, como anunciada pelo presidente, apenas adia o problema e dá tempo para que as empresas preparem a saída de Manaus”.

Quem também me manifestou foi o deputado federal Capitão Alberto Neto (Republicanos) que, também em nota, disse que a decisão do presidente “dá um fôlego para que as empresas possam manter suas produções na região e para que os parlamentares que compõem a bancada amazonense possam se articular para continuar lutando em prol da economia local”.

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