18/12/2014
De acordo com informações da Seplan (Secretaria de Estado de Planejamento), em 2014 o Codam aprovou um total de 211 projetos, entre implantação, diversificação e atualização, que somam –já contabilizados os investimentos aprovados ontem –aproximadamente R$ 4,433 bilhões. Os números estão ligeiramente abaixo (-25,37%) do que foi registrado no ano passado, quando foram aprovados 217 projetos industriais que representaram investimentos de R$ 5,940 bilhões.
Para o titular da Seplan, Airton Claudino, ao contrário do que se pode perceber no âmbito nacional, a Zona Franca de Manaus não está sofrendo com a desaceleração da economia. Na opinião de Claudino, o desempenho do PIM (Polo Industrial de Manaus) ao longo de 2014 foi positivo.
“Pelo travamento que a economia brasileira vem passando, posso dizer que o resultado foi positivo. Não há crise na Zona Franca, o que existe é um problema da economia brasileira, que está travada, mas as perspectivas para 2015 é que isso não se aprofunde muito para que a gente possa manter pelo menos o mesmo patamar de 2014”, enfatizou.
Airton Claudino afirmou ainda os bons resultados do setor eletroeletrônico. Ele explica que tablets, aparelhos de ar-condicionados Split e telefones celulares foram os setores que mais se destacaram. Além disso, ele comemorou a implantação de um novo polo dentro do PIM: o polo de medicamentos.
“Temos perspectivas de diversificar ainda mais nossa economia em 2015 para que a gente possa atrair novos empreendedores e superar o momento de ajustes pelo qual a economia fatalmente passará em 2015”.
O superintendente da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) em exercício, Gustavo Igrejas, tem a mesma opinião. Para ele, diante do cenário de instabilidade política e econômica no país, o fato de o modelo ZFM manter em 2014 níveis de investimentos semelhantes aos registrados no ano anterior deve ser comemorado. Ele lembra ainda que este ano o Codam realizou uma reunião a menos devido à Copa do Mundo e a que a Suframa enfrentou uma greve de seus servidores.
Em termos de investimentos efetivos foi um ano de estabilidade e até de crescimento. Em números de projetos ficamos um pouco abaixo de 2013, até porque tivemos menos reuniões do Conselho, por diversos motivos: greves, troca de ministros e novo governo. Se pegarmos os cenários nacional e mundial, mantivemos o mesmo nível de investimentos do ano passado, considerando que o Polo de Duas Rodas parece estar em uma crise sem fim.
Em relação à expectativa para o próximo ano, Igrejas afirma que 2015 vai ser um ano de ajuste fiscal, portanto, se se mantiver o mesmo nível de investimentos de 2014 já será uma grande vitória.
Fonte: JCAM