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Investimentos devem fechar em queda

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29/10/2013

Os investimentos aprovados pelo Codam (Conselho de Desenvolvimento do Amazonas) devem fechar 2013 com números muito abaixo dos R$ 11,3 bilhões registrados no ano passado. Com quatro reuniões já realizadas e duas ainda por acontecer – a 247ª reunião está marcada para hoje, às 15 horas, no auditório da Fieam -, o Codam já aprovou, só neste ano, 146 projetos industriais, com recursos estimados em R$ 4.579 bilhões e abertura de 7.927 novos postos de emprego. Para a reunião de hoje, estão previstas 33 propostas que somam R$ 1.025 bilhão que, caso sejam aprovados em sua totalidade elevam os investimentos industriais de 2013 para a casa dos R$ 5.604 bilhões. 

Considerando os investimentos dos projetos previstos na reunião de hoje, o Codam teria aprovado este ano um total de 179 propostas de empreendimentos industriais com recursos estimados em R$ 5.615 bilhões, 9.687 novos empregos e 4.670 vagas remanejadas. Mesmo faltando ainda uma reunião, que está marcada para o dia 17 de dezembro, os valores dos investimentos em 2013 devem ficar em torno da metade do que foi aprovado em 2012.

Diante dos números, o Conselheiro Executivo do Corecon-AM, Jose Laredo, lembra que há dois anos ele já alerta sobre a queda nos índices de natalidade das empresas do Polo Industrial de Manaus. Segundo ele, um conjunto de fatores tem levado à diminuição no número de empresas que se instalam no PIM, como a guerra fiscal, aumento das taxas de juros, aceleração da inflação e a crise financeira mundial. Laredo afirma, porém, que o modelo Zona Franca de Manaus não está menos atrativo para os investidores, mas ressalta a necessidade de fortalecer o marketing em favor da Zona Franca, em especial em momentos de crise.

“A crise americana de 2008 se refletiu na Europa e fez com que houvesse a crise brasileira e atingiu muito a capacidade de investimentos. O modelo continua sendo atrativo, mas para captar investimentos em um cenário de economia instável é preciso um esforço redobrado de marketing. Não adianta fazermos o mesmo esforço que fizemos ano passado ou ano retrasado”. 

Entre as sugestões dadas por Laredo para reforçar o marketing em favor da Zona Franca está a inclusão da prefeitura no processo de captação de novas fábricas.

“A prefeitura não está participando de forma ativa no processo. É um peso muito grande o Polo Industrial de Manaus manter-se de pé dependendo somente da Suframa e do governo do Estado. A introdução de uma nova força político-econômica é muito bem vinda, que é a prefeitura, já que ela tem uma arrecadação considerável e quadro técnico que pode ser moldado para a área de captação de investimentos”, destacou.

Incertezas

Já para o economista José Alberto Machado, essa diminuição tem duas razões básicas: há uma diminuição no consumo de produtos com alto valor agregado, como motocicletas e TVs –que não explodiu como se esperava –e os impactos em torno da incerteza sobre a prorrogação do modelo.

“Do ponto de vista legal, estamos garantido até 2023 –é o que temos hoje. A ZFM foi muito combatida nos últimos tempos. A reforma tributária gerou mais cálculo por parte das empresas para saber onde é melhor investir. Esse conjunto de fatores cria uma incerteza jurídica e para o capital não há nada mais importante do que a segurança jurídica. Podemos estabelecer como fator principal (da redução de investimentos no PIM) a instabilidade jurídica da Zona Franca –seja pela reforma tributária, seja pela incerteza da prorrogação do modelo”, acredita Machado.

Além de destacar a diminuição dos investimentos aprovados pela Seplan, José Alberto Machado lembra que esta etapa não garante a efetivação desses projetos, que muitas vezes podem acabar não acontecendo.

Pauta tem 33 projetos que totalizam R$ 1 bilhão

A penúltima reunião do Codam acontece nesta quarta-feira (29), às 15h, no auditório da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas). A pauta do encontro relaciona 33 projetos industriais com investimentos estimados em R$ 1.035 bilhão com expectativa de geração de 1.735 vagas no mercado de trabalho, ao longo do período de até três anos. Do total de projetos analisados 10 são de implantação, estimados em R$ 489 milhões. Os 12 projetos de diversificação somam R$ 153 milhões e os 11 projetos de atualização chegam a R$ 392 milhões.

O projeto que prevê a instalação no Polo Industrial de Manaus da filial da multinacional holandesa P&G (Procter&Gamble), gigante do setor de produtos de higiene, limpeza, e alimentos, será avaliado na 247ª Codam, a penúltima neste exercício. A empresa pretende contratar cerca de 400 pessoas para fabricar cartuchos para aparelho de barbear, além de escova de dente e lâminas de duplo fio.

Os dois projetos da Procter&Gamble encaminhados para análise técnica da Seplan (Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico), supera a faixa de R$ 400 milhões. A P&G reúne um enorme conglomerado de subempresas, produzindo alimentos, produtos de higiene e limpeza. A companhia emprega atualmente pouco mais de 138.000 funcionários ao redor do mundo. Detém mais de 380 marcas por todo mundo.

A reunião anterior, a 246ª, realizada no dia 28 de agosto, avaliou 41 projetos industriais estimados em R$ 2.165 bilhões e 2.444 postos de trabalho. Os destaques da pauta foram os projetos para a fabricação de microcomputadores portáteis, televisores em tela de cristal líquido, componentes eletroeletrônicos, concentrado para bebidas não alcoólicas, além de embarcações e móveis de madeira.

Fonte: JCAM

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