11/06/2014
Em números, a pesquisa mostra que a área petroquímica deve arrecadar mais de R$ 8,8 bilhões, seguida do polo eletroeletrônico e de TI (tecnologia da informação) com o saldo de R$ 5,3 bilhões. A lista ainda abrange os segmentos de química com o saldo de R$ 5 bilhões e de mineração com R$ 4,9 bilhões.
O geólogo e secretário de Estado de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos (SEMGRH), Daniel Nava, afirma que o setor de mineração está em plena expansão, prova disso, são os projetos desenvolvidos pelo governo do Estado tanto na região metropolitana quanto nos municípios do Amazonas. Nava adiantou que entre os futuros trabalhos a serem implantados pelo governo está a extração de potássio na região do Rio Madeira. “Esse estudo está totalmente voltado aos novos investimentos previstos para a elaboração da primeira planta de extração de potássio. A operação da mina tem projeção para produzir cerca de dois milhões de toneladas do mineral. Isso representa aproximadamente 20% do que o Brasil importa”, frisou.
Nava também comemora o bom desempenho e as perspectivas promissoras quanto aos investimentos voltados ao segmento de mineração. O secretário considera que os índices favoráveis são resultados das ações de fomento criadas pelo Estado. “O governo federal reduziu os investimentos a essa categoria. Enquanto o Estado tem garantido esses recursos. Mesmo assim, é uma das áreas que mais se destacam quanto a investimentos e até mesmo projeção nacional”, disse.
Entre os programas implantados pela SEMGRH estão: “Caulim”, desenvolvido na região metropolitana de Manaus; “Óleo e gás”, acontece na região metropolitana entre Manaus e Silves; “Mina de estanho”, localizada no município de Presidente Figueiredo.
Polo Eletroeletrônico
De acordo com o presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Wilson Périco, a pesquisa prevê bons números, porém, ele acredita que mudanças nos setores econômico e político podem ocasionar mudanças nos cálculos. “É um estudo baseado em situações atuais. É uma análise positiva e importante, mas precisaremos acompanhar os acontecimentos para chegar aos resultados”.
Ao avaliar as categorias de investimentos apresentadas pelo estudo, Périco afirma que concorda com os destaques dados aos segmentos da petroquímica e da mineração. Segundo ele, a extração dos recursos minerais é uma nova matriz econômica a ser explorada no Amazonas. “Precisamos encontrar meios de explorar esse potencial mineral de forma a agregar valores não só extrativistas, mas, principalmente voltados à produção de insumos. A ideia é transformar a partir do que temos aqui na região”, destacou.
PIB do Amazonas pode crescer 2,5% ao ano até 2020
Conforme os dados revelados pelo estudo, atualmente o Amazonas ocupa a décima quinta colocação nacional referente ao PIB (Produto Interno Bruto), o que representa 1,6% do produto nacional. Porém, a composição do produto do Amazonas tem a maior participação relativa da indústria e menor peso do setor de serviços. A partir dessa informação, a expectativa é de que nos próximos seis anos o PIB do Estado apresente crescimento médio em torno de 2,5% ao ano.
Embora abaixo dos anos anteriores, esse índice é condizente com o crescimento mais moderado esperado para o Brasil nos próximos anos.
A Pesquisa Macroeconômica–Itaú foi coordenada pelo economista Ilan Goldfajn e detalhou outros indicadores econômicos do Estado. Entre outros pontos destacados no documento, está a análise de que o Estado possui a segunda maior população da região Norte, e sua população cresceu 23,8% entre 2000 e 2010. Outra constatação é que o rendimento médio no Amazonas é inferior ao da média nacional. No entanto, em termos de distribuição de renda, o Estado é menos desigual do que a média da região Norte e do que a média brasileira.
Em termos de infraestrutura, o Amazonas conta com um importante aeroporto, que movimenta 25,6% das cargas transportadas via aérea no país. A composição do crédito no Estado é semelhante à do Brasil, com a carteira de crédito PF (Pessoa Física) menor do que a PJ (Pessoa Jurídica). Em relação à evolução do saldo, o crescimento do saldo PF no AM é inferior ao do país, e ao da Região, influenciado pela inadimplência, que é a maior do Norte.
Fonte: JCAM