30/09/2013
A proposta do Ewing Group International foi feita à Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) durante um encontro realizado há cinco meses em Houston, Texas (EUA). A ideia é desenvolver um complexo naval, mineral e de serviços logísticos apontando de início investimentos privados na ordem de US$ 1 bilhão.
Os executivos do Ewing Group estarão em Manaus na primeira semana de outubro para tratarem da proposta com o secretário da Seplan, Airton Claudino, que previamente disse que as propostas do grupo estão sendo avaliadas, considerando as questões de ordem institucional e jurídica frente à formatação de uma possível parceria com os investidores.
De acordo com a parceria, o complexo naval contemplaria a construção de um mega porto, estradas de acesso, infraestrutura de armazém e estoque de cargas e porto do mineroduto, porto de cargas e passageiros.
A construção de um polo naval em Manaus - discutida há pelo menos uma década - está indefinida, uma vez que o Ministério Público Federal (MPF) questiona o impacto ambiental e social que as obras causariam às comunidades tradicionais que vivem à beira do lago do Puraquequara, Zona Leste de Manaus, área escolhida para implantar o projeto.
Cidade Universitária
O Estado do Amazonas deverá investir R$ 300 milhões na área equivalente a 13 mil m² da Cidade Universitária, complexo que vai abrigar as unidades de ensino da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) no município vizinho de Iranduba (a 25 quilômetros de Manaus). O projeto, lançado em julho de 2012, vai abrigar um campus, espaços residenciais, comércio, serviços públicos, eixos viários, áreas de lazer e de turismo. O projeto prevê ainda um hospital universitário, vila olímpica, vila agrícola e um centro tecnológico, além de outros espaços destinados à iniciativa privada, definidos por meio de Plano Diretor para implantação de empreendimentos habitacionais, comerciais e de serviços.
O modelo da cidade universitária proposto pelo grupo segue inspirada no campus de Sugarland, no Texas, e inclui a construção e arrendamento dos espaços de reitoria, moradia estudantil, prédios das faculdades, centro médico, estacionamentos e área comercial e de serviços.
Segundo o Secretário Executivo do APL Naval Offshore, Carlos Araújo, o complexo proposto tem capacidade de atrair em médio prazo investimentos na ordem de US$ 20 bilhões. “As empresas estão aguardando uma posição da Seplan, que atualmente cuida do Polo Naval, porque pensam investimentos também em várias áreas como a Cidade Universitária e a privatização da Cigás”, informou Araújo.
Fonte: Portal Acrítica.com.br