21/01/2022
Waldick Júnior
Com o retorno das atividades do Polo Industrial após o recesso de final de ano, empresas do setor enfrentam um problema triplo. Além dos altos casos da variante ômicron em Manaus e da crise de matéria prima que atinge a produção das fábricas, agora precisam lidar com a greve de auditores fiscais que tem atrasado a liberação de materiais.
"Essa situação envolvendo o funcionalismo pública preocupa demais. Não só em relação atividade produtiva do país e da nossa região, mas o momento em que isso vem a acontecer e o risco que isso traz aos empregos, afirma Wilson Périco, presidente do Centro da Insdústria do Estado do Amazonas Cieam.
Os auditores estão atuando na chamada operação-padrão', uma forma mais rigorosa de trabalho que, propositalmente, deixa a liberação mais lenta.
A greve teve início este ano após o presidente Jair Bolsonaro PL reservar R$ 1,7 bilhão para reajuste da PRF e PF. O Cieam conversa com a Suframa para minimizar os problemas nas fábricas. Uma fonte ligada aos industriários afirmou à reportagem que ao menos quatro empresas do Polo estão reclamando de atrasos na entrega de materiais para a produção. A expectativa é que o cenário piore nos próximos dias, já que as fábricas retornaram nesta semana do recesso de final de ano e ainda estão retomando o trabalho.
Segundo o Cieam, houve duas reuniões com o Sindicato dos Auditores Fiscais (Sindifisco-AM), os quais disseram estar seguindo orientações da liderança nacional. Na crise, foi ventilada até mesmo a possibilidade de o Cieam entrar com um mandado de segurança para tentar garantir o funcionamento normal das inspeções fiscais, porém foi descartado, pois os auditores seguem trabalhando.