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Insatisfeitos com o salário, servidores da Suframa anunciam paralisação

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12/11/2013

Os servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) decidiram na tarde desta segunda-feira (11), após assembleia extraordinária, que irão paralisar as atividades por dois dias a partir da quinta-feira (21).
 
Entre as reivindicações, uma foi considerada emergencial pela categoria, o realinhamento da tabela de vencimentos à política salarial de outras categorias, o que vai significar em reajuste salarial no piso da tabela, mudança nos níveis salariais (step) e modificações na carreira.

A suspensão dos trabalhos vai atingir as operações de entrada e vistoria de mercadorias para o comércio da capital, além do acompanhamento de projetos industriais. Durante a assembleia, os servidores ainda reclamaram da ausência de local apropriado para almoço que atenda os cerca de 350 servidores da autarquia na capital, defasagem no ganho real e infraestrutura inadequada para fiscalização de mercadorias.

Em carta aberta à imprensa, o Sindicato dos Servidores da Suframa (Sindframa) afirmou que embora tenha optado pelo diálogo, a negociação coletiva resultou infrutífera porque os gestores não deram resposta ou apresentaram qualquer justificativa aos trabalhadores.
 
Ainda assim, segundo o presidente do Sindframa, Estênio Borges da Encarnação, foi dado um prazo de 96 horas para que o governo federal apresente ao menos alguma proposta ou chame para a mesa de negociações.

“Há um clima de grande insatisfação quanto à remuneração paga atualmente pela União. Para se ter uma ideia, o servidor de nível superior da Suframa recebe menos que um auxiliar de serviço gerais do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), ou seja, um técnico especializado da autarquia recebe menos que um faxineiro de outro órgão federal”, informou o presidente.

Borges disse ainda que o sindicato apresentou na última reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS), realizada em meados de outubro, a proposta de reajuste da tabela remuneratória da classe. Ele reclamou do contingenciamento de parte dos recursos arrecadados pela autarquia, por meio da Taxa de Serviços Administrativos (TSA), principal fonte vinculada por lei para as despesas de custeio do órgão e investimentos voltados para o desenvolvimento da região.

“O governo federal não pode desviar os recursos da TSA para outros fins que não sejam os que foram estabelecidos em lei. Isso tem reduzido a geração de emprego e renda na região e afetado diretamente as ações da Suframa”, considerou Borges.

Empresários reclamam

Ao saberem da paralisação preventiva, representantes do comércio e da indústria se disseram pegos de surpresa e planejam entrar com uma ação junto ao Ministério Público para impedir que a atividade comercial sofra prejuízos com a retenção de insumos e bens em geral.

Um dos que mais se mostrou revoltado foi o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL-Manaus), Ralph Assayag, o qual afirmou que, se houver de fato a paralisação, o comércio ficará pelo menos cinco dias impedido de receber produtos.
 
“Acho isso tudo uma grande irresponsabilidade às vésperas das festas de fim de ano. A ação dos grevistas deveria prejudicar a União e não o comércio local, que já sofreu vários reveses este ano, por conta de altos impostos, passeatas, greves e manifestações diversas. Se o Brasil fosse sério, essa ação caberia uma punição”, asseverou.

Já o industrial Valdir Nunes Capelli promete barrar a falta de insumos para as linhas fabris, acarretadas pela paralisação.

“Nada tenho contra o direito de todos os trabalhadores pleitearem melhorias, mas se essa paralisação for concretizada e vier a desabastecer nossas linhas de produção, vou acionar o Ministério Público e entrar com uma ação por perdas materiais contra esse sindicato”, avisou.

Fonte: Amazonas Em Tempo

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