CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas

Notícias

Inovação entre os pequenos ainda enfrenta barreiras

  1. Principal
  2. Notícias

03/12/2021

Pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria), realizada pelo Instituto FSB Pesquisa, revela que as pequenas empresas do segmento industrial ainda enfrentam desafios quando o assunto é inovação. Nos últimos três anos cerca de 82% das pequenas empresas apostaram nesse processo pelo menos uma vez. O estudo foi direcionado a executivos de 500 indústrias de pequeno porte (de 10 a 49 empregados)

O levantamento considera que apesar dos esforços na busca por inovação em sua maioria, as pequenas empresas caminham a passos lentos nesse quesito. A dificuldade esbarra no planejamento e investimento estrutural.

Roberto Garcia, diretor adjunto da Coordenadoria de Ciência Tecnologia e Inovação da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), diz que no processo de inovação tão importante quanto ter estrutura é ter cultura/ mentalidade/ mindset de inovação e liderança sinalizado "para a organização de que este é o caminho para diferenciação de mercado e de sobrevivência empresarial".

Segundo ele, isto exige esforço contínuo, foco e conhecimento de "o que" tem que ser feito, "como" mobilizar a organização, "quando" as iniciativas devem estar realizadas , "quem" é responsável por cada entrega e monitoramento contínuo do andamento das atividades.

Outros dados relevantes da pesquisa revelam que 68% não possui uma área de inovação e 76% não têm orçamento específico para inovação nem profissionais dedicados exclusivamente a esse fim. Mas para 57% dos executivos, a importância que a empresa dá para a inovação é alta ou muito alta.

O CEO da DriveOn e Btracer, empresas da Osten Group, Expedito Belmont, discorda do resultado da pesquisa, pois com as ferramentas de software e acesso a fundos de investimento (Venture Capital), além de programas como o Inovativa Brasil, editais das fundações de amparo à pesquisa, Finep entre outros, levantar uma estrutura não deveria ser um assunto pois para inovar o principal são pessoas com DNA empreendedor, rede de contatos sólida e muita dedicação ao aprendizado e domínio do nicho a ser aplicada à inovação.

Para ele, é importante lembrar que não existe grande empresa que não seja pequena. "A força motriz da economia é o pequeno e médio negócio. Sou empreendedor e a satisfação de gerar empregos e oportunidades para quem está em fragilidade, para mim, é a maior expressão do responsabilidade social e, enquanto grandes grupos saem do Brasil ou deixam de investir aqui, nós, empreendedores (as) de pequeno e médio porte seguramos o piano e fazemos a roda girar", considera.

Ele ressalta que apesar de ainda existir um longo caminho a percorrer no universo de inovação, acredita que é só o Estado não atrapalhar. Medir com equidade a carga tributária e remover os marcos legais ineficazes assim como evoluir o equipamento legal para atender a agilidade do pequeno e médio negócio.

Números

Os números mostram ainda que, durante a pandemia, 68% das pequenas indústrias inovaram e tiveram ganhos de lucratividade, produtividade e competitividade. De acordo com a pesquisa, 45% das empresas apontaram que a dificuldade para inovar no período de Covid-19 aumentou, enquanto 19% consideram que a dificuldade para inovar no período diminuiu. Para 36%, ficou igual.

A pesquisa revela também que 45% das pequenas empresas tiveram mais dificuldades em inovar por conta da pandemia. No entanto, para 19% que considerava difícil inovar, o processo melhorou na pandemia. Os executivos consideram as parcerias importantes para inovação em suas empresas. Para eles, os principais parceiros para inovar são: fornecedores (16%), bancos (15%) e outras empresas (11%).

A inovação é considerada essencial por 68% das peque- nas empresas que não fizeram inovação nesse período. Pensando num mundo pós-pandemia, 80% afirmam que terão que investir em inovação para crescerem ou se manterem no mercado. As regiões Nordeste (93%) e Sul (81%) são as que mais acreditam na inovação para o futuro das empresas.

Considerando os avanços da tecnologia nesse período da pandemia, 78% das empresas avançaram, em algum nível, na adoção de novas tecnologias digitais. Com isso, 49% das empresas ampliaram o volume de vendas durante a pandemia, 47% estão produzindo com mais eficiência e 46% ampliaram o volume de produção. Com isso, é possível perceber como a inovação e adoção de novas tecnologias impactaram positivamente no desempenho das pequenas empresas durante a pandemia.

Os executivos destacaram, ainda, que a relação com o cliente e o marketing são os itens prioritários para o pós-pandemia. Já para os próximos 3 anos, as prioridades serão a ampliação do volume de vendas, a produção com menos custos e mais eficiência, além do aumento do volume de produção.

Fonte: JCAM

Coluna do CIEAM Ver todos

Estudos Ver todos os estudos

Diálogos Amazônicos Ver todos

CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas © 2023. CIEAM. Todos os direitos reservados.

Opera House