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Iniciativa de empresários do Amazonas vai fomentar os negócios sustentáveis na região

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17/11/2021

Em entrevista à Agência de Notícias da Indústria, o diretor-executivo do Instituto Amazônia +21, Marcelo Thomé, falou sobre a importância do instituto que irá fomentar os negócios na região amazônica promovendo o desenvolvimento sustentável na região.

O que é o Instituto Amazônia+21?

MARCELO THOMÉ - O Instituto Amazônia+21 é uma iniciativa empresarial nascida na amazônia, para promover negócios sustentáveis na amazônia. Ele surge apoiado pelas oito federações de industria dos estados da amazônia legal. Isso é um diferencial incrível, pois significa empresários que conhecem a realidade amazônica propondo as bases e linhas de negócios sustentáveis para participação de grandes empresas do brasil e do mundo, bem como de fundos de investimentos e instituições financeiras interessadas na conservação do nosso bioma a partir da sustentabilidade da atividade econômica na amazônia.

O Instituto Amazônia+21 foi apresentado no Fórum Mundial Amazônia+21, no ano passado. Que balanço você fazer sobre o evento?

MARCELO THOMÉ - O fórum mundial seria em Porto Velho, em 2020. Mas a pandemia exigiu um evento 100% virtual. Tivemos 110 painelistas e 120 instituições de vários países. Mais 25 mil pessoas participando em tempo real. Um sucesso. Os debates apontaram diversos caminhos para o desenvolvimento sustentável da amazônia, mas todos passam pela proteção do bioma e pela melhoria da qualidade de vida de mais de 23 milhões de pessoas que vivem na amazônia legal. Ficou claro que a oportunidade de trazer dinheiro para movimentar a economia na nossa região está nos negócios sustentáveis.

A Amazônia é um grande mercado consumidor, ávido por negócios sustentáveis. O instituto vai suprir esta necessidade?

MARCELO THOMÉ - A Amazônia é a maior vantagem competitiva do Brasil em um mundo decidido pela economia verde. Ela guarda as melhores possibilidades de crescimento do país e é o maior ativo nacional para o desenvolvimento sustentável. E o Instituto Amazônia+21 surge com um diferencial significativo. É o empresariado amazônico pensando sua própria realidade. É um movimento de dentro para fora. Vamos gerar e impulsionar projetos de impacto positivo, a partir do que é próprio daqui da região. Seremos o elo entre quem produz e conhece o local e aqueles que têm interesse e compromisso de investir de maneira sustentável, tornando-se aliados na conservação da amazônia. O protecionismo pelo isolamento ou o desenvolvimento a qualquer custo são premissas superadas. Vamos virar essa chave.

Na prática, como o instituto vai estimular processos de pesquisa, desenvolvimento e inovação na Amazônia?

MARCELO THOMÉ - Promovendo negócios sustentáveis. São os negócios que movimentam a economia e para isso demandam investimentos em pesquisas, inovação e tecnologia. Por exemplo, uma agroindústria precisa se reinventar para tornar-se sustentável. Nesse processo, ela procura financiamento para buscar soluções nos seus processos de produção e na sua cadeia produtiva. E essas soluções exigem pesquisas previstas no projeto para obtenção do financiamento. É assim que o mercado funciona, que as pesquisas se tornam possíveis e trazem inovações.

O mapeamento de soluções, oportunidades e perspectivas relacionadas ao desenvolvimento sustentável da Amazônia foi uma das principais pautas do Fórum Mundial Amazônia+21. Com o instituto, chegou a hora de sair do discurso para prática?

MARCELO THOMÉ - O fórum reuniu 110 painelistas, com a participação de 120 instituições de diversos países e 18 governos estaduais, acompanhado em tempo real por mais de 25 mil pessoas. A pauta foi pensada a partir da

Amazônia, com negócios sustentáveis, cultura, investimentos privados e públicos, ciência, tecnologia e inovação, proteção plena do bioma amazônico. A partir daí, deste fórum, surgiu a ideia de criação do Instituto Amazônia+21 e isso mostra que já saímos do discurso para a prática.

Tecnologia e inovação, bioeconomia, indústria verde e mercado de carbono são possibilidades estratégicas para o desenvolvimento socioeconômico da Amazônia. Como fazer isso acontecer?

MARCELO THOMÉ - A economia verde tem a cara da Amazônia. O bioma amazônico é a base mais valiosa para geração de riquezas a partir de negócios sustentáveis. O mercado de carbono é demanda de compensação dos países industrializados e aí nossas florestas têm os maiores ativos. Há um grande estoque de terras degradadas para a produção agrícola crescer sem avançar um palmo sobre a floresta. A Amazônia oferece possibilidades em todos os setores, agorpecuária, turismo, indústria, serviços. Agora é preciso adotar princípios ESG, com cuidado ambiental, responsabilidade social e boa governança das empresas. A economia verde exige isso, consumidores de todo o mundo exigem isso.

Como vai funcionar o Instituto Amazônia+21?

MARCELO THOMÉ - Estamos agora na fase inicial de implantação, lançando o instituto, envolvendo lideranças empresariais. Em breve entraremos em fase operativa e as federações de indústrias serão a nossa interface em cada estado do Amazonas. E teremos um escritória executivo em São Paulo para atuar mais perto das grandes empresas, instituições financeiras e investidores.

Fonte: CNI Agência de Notícias

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