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Informalidade no mercado de trabalho cresce 0,8% no Brasil

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26/09/2014

A taxa de informalidade no mercado de trabalho no Brasil cresceu 0,8% de julho para agosto, totalizando 23,13 milhões de trabalhadores, de acordo com os dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O acréscimo foi de 178 mil pessoas entre um mês e outro, sendo 49 mil referentes a empregados sem registro e 56 mil representando trabalhadores por conta própria.

Conforme o instituto, a taxa de desemprego se manteve em 5% (mesmo índice deste ano), mas a informalidade cresceu em um ritmo maior do que a contratação com carteira assinada (0,7% ou 84 mil pessoas).

Embora a pesquisa não contenha dados do Amazonas, o Estado segue, mesmo em ritmo menos acelerado, a tendência nacional de aumento da informalidade. De acordo com o economista e vice-presidente do Conselho Regional de Economia do Estado do Amazonas (Corecon-AM), Francisco de Assis Mourão Junior, os trabalhos temporários gerados antes e durante a copa do Mundo e os empregos do período eleitoral estão entre os principais fatores para a intensificação do processo de informalidade no cenário regional.

Segundo ele, diferente do resto do País, no Amazonas a informalidade não cresce mais, em função de um controle exercido pelo incentivo dado às indústrias da Zona Franca de Manaus. “Como a geração de empregos formais é uma das contrapartidas para a concessão de benefícios fiscais, ela funciona como freio para o aumento da informalidade”, comenta.

Mesmo assim, continuou o economista, a leitura do cenário mostra que nos setores de comércio e serviços, os postos sem carteira assinada se multiplicam. “Um exemplo é a opção de muitos amazonenses pela contratação de diaristas ao invés de empregadas domésticas. Os empregadores estão menos dispostos a arcar com o custo de manter um posto formal”, avaliou.

Cenário Nacional


De forma geral, ainda conforme Mourão Junior, o mercado de trabalho formal dá sinais de esgotamento em todo o País em resposta ao atual cenário econômico. “O Brasil passa por recessão técnica – retração geral da atividade econômica – com juros altos e índices de Produto Interno Bruto (PIB) com baixas consecutivas. Enquanto isso, os custos para contratação e manutenção de postos de trabalho seguem elevados”, explicou.

AM avança pouco na formalidade

De acordo com os dados mais recentes do Cadastro Geral de empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho e emprego (MTE), em agosto, o Amazonas criou 192 novos postos de trabalho formais. Apesar do aparente bom resultado, este foi o terceiro pior desempenho do País na geração de empregos no mês. No ano, o Estado apresenta resultado ainda pior.

O saldo é negativo em 4.490 postos. Quase 90% desse saldo (-3.930 postos) é formado pelo desempenho da indústria local nos oito primeiros meses do ano. Em agosto, o PIM respondeu pelo corte de 398 empregos formais. No País, em agosto, foram gerados 101.425 postos formais de trabalho, uma redução de 37,45% em relação a agosto de 2013.

Fonte: Portal Acrítica.com.br

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