30/08/2019
Notícia publicada pelo Jornal Em Tempo
O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou inflação de 0,34% em agosto deste ano, abaixo da taxa de julho, que havia sido de 0,91%. O indicador acumula 3,09% no ano e 4% no período de 12 meses.
A queda da taxa de 0,91% em julho para 0,34% em agosto foi puxada pela mão de obra, cuja inflação recuou de 1,63% em julho para 0,44% em agosto.
Por outro lado, os serviços e os materiais e equipamentos tiveram alta na taxa. A inflação dos serviços cresceu de 0,20% para 0,29%. A taxa dos materiais e equipamentos passou de 0,04% para 0,22%.
Já o Índice de Confiança da Construção (ICST), da Fundação Getulio Vargas (FGV), cresceu 2,2 pontos de julho para agosto deste ano e chegou a 87,6 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Esse foi a terceira alta seguida do indicador, que atingiu seu maior patamar desde dezembro de 2014, quando havia ficado em 88,7 pontos.
A alta foi influenciada tanto pela melhora da situação corrente quanto pelas expectativas de curto prazo do empresariado da construção. O Índice da Situação Atual avançou 2,5 pontos e chegou a 77,6 pontos, maior patamar desde fevereiro de 2015 (81,4 pontos), resultado explicado em boa parte pela melhora da percepção sobre a situação atual da carteira de contratos.
O Índice de Expectativas cresceu 1,9 ponto e passou para 97,9 pontos, maior patamar desde janeiro de 2014 (99,1 pontos). Os dois quesitos deste índice contribuíram positivamente para o resultado: a demanda prevista nos próximos três meses e a tendência dos negócios nos próximos seis meses.
Para a pesquisadora da FGV Ana Maria Castelo, o resultado mostra que a percepção dominante entre os empresários é que o ambiente está mais favorável. Apesar disso, o Índice da Situação Atual ainda está, segundo ela, em um patamar que indica atividade baixa. Para ela, o ritmo se mostra lento e é insuficiente para alavancar a economia.
A FGV também destacou que nos últimos anos, o Programa Minha Casa, Minha Vida exerceu um papel fundamental de sustentação da atividade durante a crise. Mas, desde o início do ano, o contingenciamento da União tem levado à paralisação de obras “ou seja, o programa perde cada vez mais sua capacidade para atenuar os efeitos da crise”, observou Ana Maria Castelo.