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?Indústrias fazem prospecção para abrir portas nos países da União Europeia

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04/04/2019

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

O Amazonas quer abrir as portas do mercado europeu em geral – e da União Europeia em particular – para aumentar a exportação de seus produtos para os países do continente, em especial os de maior valor agregado, a exemplo dos manufaturados do PIM (Polo Industrial de Manaus).

Os mais recentes números de comércio exterior do Amazonas, referentes ao primeiro trimestre de 2019, e extraídos da plataforma digital Comexstat do Mdic (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), dão uma ideia do potencial desse mercado.

Embora o primeiro país do continente europeu a pontuar no ranking (Alemanha) ocupe um distante sexto lugar, o volume de transações do Estado com aquele país, expandiu 112,08% entre um ano e outro – de US$ 3.31 milhões (2018) para US$ 7.02 milhões.

Os países europeus – incluindo os que não estão na União Europeia – adquiriram US$ 19.95 milhões em bens produzidos pelo Amazonas no trimestre. O montante corresponde a 11,55% do que o Estado comercializou no estrangeiro no mesmo período (US$ 172.64 milhões).

O bloco reduziu suas compras por aqui em 0,5%, neste ano (US$ 20.05 milhões). Mas, a queda foi menor do que registrada pelas vendas globais do Amazonas (-11,06%) em relação ao total obtido pelo Estado no mesmo trimestre do ano passado (194.10 milhões).

Na lista diversificada de itens adquiridos por aqui pelos países do outro lado do Atlântico, despontam produtos in natura e de baixo valor agregado: ferros-ligas (US$ 7.91 milhões), soja (US$ 2.99 milhões) e madeira serrada (US$ 2.78 milhões). A exceção vem de aparelhos eletroeletrônicos de consumo (US$ 2.52 milhões), que não apareciam na pauta no mesmo trimestre do ano passado.

FALTA DE “ARROJO”

De acordo com o gerente executivo do CIN (Centro Internacional de Negócios) da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Marcelo Lima, há dificuldades de vender itens industrializados no Amazonas para a Europa – e mesmo dos EUA e Ásia. Isso porque muitas empresas da Zona Franca são multinacionais e já contam com filiais locais para atender esses países.

“Mas, abre-se a oportunidade para manufaturados ligados à biodiversidade, a exemplo de cosméticos, alimentos e bebidas fabricados por aqui. E produtos com a marca ‘Amazônia’ têm boa aceitação por lá”, salientou.

A alternativa, segundo Lima, é fomentar as exportações de pequenas empresas de capital nacional e regional. No entendimento do gerente executivo do CIN/Fieam, contudo, falta “arrojo” e segurança das empresas amazonenses em desbravar o mercado estrangeiro para alocar seus produtos.

“A empresa entende que o mercado doméstico atende suas necessidades, mas se esquece das dificuldades logísticas. Temos promovido treinamentos e a participação regional em feiras, embora nem sempre as coisas deem certo. Vários empresários do país – inclusive amazonenses – iriam participar de uma Feira no Panamá, recentemente. Mas, na última hora, em virtude de desistências e atrasos, a missão brasileira foi abortada”, lamentou.

PROSPECÇÃO DE NEGÓCIOS

Com o objetivo de prospectar negócios de exportação – e também de importação – no Velho Continente, a Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas) recebe em sua sede, de quinta (4) a sexta (5), representantes de embaixadas, consulados, escritórios comerciais e delegações de nove países da União Europeia. A lista inclui Espanha, Eslováquia, Itália, Suécia, Croácia, Finlândia, Alemanha, Bélgica e Países Baixos, além do Brasil.

Do lado do Amazonas, participam executivos de 20 indústrias do PIM, em especial dos segmentos de cosméticos, alimentos e bebidas. Suframa, Seplanct, Sepror, Amazonastur e Inpa também estarão representadas no evento.

A iniciativa faz parte do PIID/UE (Programa de Imersão na Indústria para Diplomatas da União Europeia), que teve início em 2015 e é desenvolvido pelo Núcleo de Mercados Estratégicos da Área de Assuntos Internacionais da DDI (Diretoria de Desenvolvimento Industrial) da CNI (Confederação Nacional da Indústria), com o apoio da Rede CIN.

A cada ano, é realizada uma edição em uma região brasileira em particular, que inclui networking e seminário econômico e comercial. A deste ano foi realizada pela Fiepa (Federação das Indústrias do Estado do Pará) – que sediou um encontro de suas empresas e órgãos públicos com os representantes europeus, em 2 e 3 de abril – e pela Fieam – que recebe as delegações nos dias 4 e 5.

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