09/05/2016
A tentativa de parlamentares da região Norte, como os senadores Romero Jucá (RR) e Eduardo Braga (AM), ambos do PMDB, de incluir emendas na medida provisória 706/2015 que podem elevar os custos da energia para as indústrias, levou esse segmento de consumidores a se aliar ao comando da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para barrar a aprovação dessas medidas.
A reação ao teor das emendas levou ao adiamento da votação do relatório na comissão mista do Congresso nesta sexta-feira, dia 6.
Durante a reunião de ontem, técnicos da Fazenda asseguraram que o Tesouro cobrirá R$ 5 bilhões dos R$ 6,5 bilhões de dívidas das distribuidoras da Eletrobrás com a Petrobrás, pela compra de combustíveis para as usinas na região. A Amazonas Energia tem a maior dívida.
Isso é o que diz matéria publicada hoje no portal do Valor Econômico, com um tom de que as emendas da bancada do Norte criam risco de novas despesas para os consumidores industriais.
A Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) ganhou apoio do diretorgeral da Aneel, Romeu Rufino, que estaria contrariado com a articulação de políticos da região Norte. Para ele, “as emendas interferem no ambiente regulatório”, informa o Valor.
O governo federal tenta convencer os industriais de que o impacto financeiro nas tarifas não passaria de R$ 100 milhões. Para a Abrace, o cálculo é muito diferente: R$ 40 bilhões em até dez anos.
Fonte: Blog do Nêuton Corrêa