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Indústrias da ZFM financiam integralmente a Universidade do Estado do Amazonas

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14/07/2016

- Parceria entre indústria e academia garante o desenvolvimento tecnológico e socioeconômico da região

- Próteses para pacientes amputados, produzida com madeira local, pelos alunos da UEA, é um legado que as empresas devolvem à sociedade

A união entre a indústria e a universidade tem sido essencial para a criação de soluções tecnológicas que contribuem para o crescimento do PIM (Polo Industrial de Manaus), para o desenvolvimento socioeconômico da ZFM (Zona Franca de Manaus) e do interior da Amazônia. Para garantir a evolução desta parceria, as 550 empresas instaladas na região financiam integralmente a UEA (Universidade do Estado do Amazonas), com investimentos anuais de R$ 400 milhões, destinados à manutenção do ensino, das pesquisas e dos serviços prestados à sociedade.

“Este é um caminho que garante, por meio da qualificação de mão de obra e da inovação tecnológica, oportunidades efetivas para a prosperidade da Amazônia, diminuindo a dependência econômica do modelo da ZFM”, avalia Wilson Périco, presidente do CIEAM (Centro da Indústria do Estado do Amazonas). O compromisso das empresas do PIM – 37% delas associadas à entidade – com a UEA proporciona alguns projetos que estão contribuindo fortemente para o desenvolvimento local. Segundo dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a renda média mensal per capita da região metropolitana de Manaus cresceu 48,70% na última década, passando de R$ 487,67, em 2000, para R$ 725,17, em 2010. No mesmo período, a taxa média anual registrou crescimento de 4,05%.

Entre os avanços notórios, destaca-se a primeira prótese ortopédica em madeira laminada e colada, desenvolvida dentro dos muros da universidade. Trata-se de um aparelho mais confortável para pacientes amputados e a um custo 90% menor que o das próteses de fibra de carbono, consideradas as mais sofisticadas atualmente. A invenção destaca-se também porque é fabricada com resíduo de madeira certificada, aproveitando a riqueza natural da região.

Até o momento, a prótese foi experimentada por dez pacientes. Com a produção em escala, o produto poderá atender as demandas de outras regiões. “Este é um projeto que nasceu da parceria entre a indústria e a UEA, e que tem extrema importância social, principalmente porque poucos pacientes têm acesso à fibra de carbono. A maioria tem que recorrer à prótese de pé rígido, que proporciona menor qualidade de vida”, explica Cleinaldo Costa, reitor da UEA.

Desenvolvimento local

Os projetos desenvolvidos no Centro de Treinamento e Capacitação Samsung Ocean, que funciona dentro da UEA desde 2014, são outros destaques. Ao longo destes dois anos, os alunos criaram jogos eletrônicos para smartphones. Alguns deles, inclusive, já estão sendo comercializados em lojas da Samsung. O desenvolvimento de jogos eletrônicos prova que, mesmo situados em uma região mais remota, considerada por muitos apenas como uma área florestal, há tecnologia de ponta sendo produzida pelos universitários da UEA. Com o apoio da iniciativa privada, eles têm rompido barreiras ao criar oportunidades de negócios de última geração, acompanhando tendências existentes em outros estados.

Os games criados por discentes do Samsung Ocean deverão receber suporte especial da instituição ainda este ano. “A proposta é transformar o laboratório de jogos em incubadora de empresas, com o objetivo de fomentar a instalação de startups voltadas para este segmento, auxiliando a economia a expandir para outras áreas”, explica Costa.

Para Wilson Périco, os projetos que nascem dentro da UEA são o maior legado que as empresas podem devolver à sociedade, na contrapartida dos incentivos fiscais. “Além dos 120 mil empregos diretos, 600 mil indiretos, as empresas do PIM têm orgulho de manter a UEA, que é a maior instituição multicampi do Brasil, presente nos 62 municípios do Amazonas.”

Sobre a UEA

A Universidade do Estado do Amazonas, inaugurada em 2001, é uma instituição pública, mantida unicamente pela iniciativa privada. Atualmente, são mais de 20 mil estudantes, que se dividem em cinco unidades acadêmicas na capital (escolas superiores); seis centros de estudos superiores; e 12 núcleos de ensino superior no interior do Estado. Ao todo, são 30 cursos, incluindo 23 especializações (lato sensu), sete mestrados e dois doutorados (stricto sensu). É a maior universidade multicampi do Brasil. A cidade universitária encontra-se em construção, no município de Iranduba, a 25 quilômetros de Manaus.

Fonte: Printer Press

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