10/01/2019
Notícia publicada pelo Em Tempo Online
Em negociação salarial desde
outubro de 2018, o Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias de Material
Plástico de Manaus e do Estado do
Amazonas (Sindplast) já fala em possível
indicativo de greve da categoria, caso não
aconteça um acordo com as empresas do
setor, em reuniões que serão realizadas nesta
semana.
Outro caminho é ajuizar ação para que a
Justiça do Trabalho dê um parecer sobre o
dissídio coletivo da categoria. Os
trabalhadores reivindicam a aprovação das 61 cláusulas da convenção coletiva, 100% da
inflação registrada no ano passado e mais 4%
de aumento real.
Negociação
O diretor do Sindplast, Carpegeane Quintela,
disse que até o momento as empresas não
atenderam as reivindicações da categoria.
“Ainda estamos em negociação, mas se não
houver um acordo podemos entrar na Justiça
com pedido de aprovação do dissídio coletivo
e até aprovar um indicativo de greve”, disse o
sindicalista
Quintela acrescentou que “os trabalhadores
não poder direitos”. Segundo ele, existem 98
empresas no setor que empregam,
aproximadamente, 9 mil trabalhadores.
Carpegeane acredita que, se houver uma
paralisação, os trabalhadores das 25 maiores
empresas do setor plástico devem aderir ao
movimento.
De acordo com o sindicalista, oito empresas
do setor ainda estão em férias coletivas.
Devem voltar na próxima segunda-feira
(14). Para ele, a reforma trabalhista foi muito
ruim para os trabalhadores, já que as
empresas deixam de contratar funcionários
com carteira assinada, optando por fazer um
contrato individual de três meses, sem as
garantias trabalhistas. Segundo Carpegeane,
esse tipo de acordo não precisa passar pelo
sindicato.
Questões devem ser resolvidas na justiça
O presidente do Centro das Indústrias do
Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco,
disse não acreditar em greve, já que as questões do dissídio coletivo podem ser
discutidas e resolvida na Justiça. “Se não
existir acordo, deixa a Justiça resolver. O que
for decidido pela Justiça será cumprido”,
afirmou o presidente do Cieam. “É muito
melhor lutar pela manutenção dos empregos
existentes, favorecendo os trabalhadores”,
acrescentou.
De acordo com Périco, no final do ano passado foram gerados muitos empregos com base na Legislação Trabalhistas, que permite as empresas terceirizar até a sua atividade fim, em períodos sazonais. Dessa forma, segundo o presidente do Cieam, foi possível gerar um grande número de empregos nas fábricas do Polo Industrial de Manaus (PIM).
O presidente do Cieam explicou, ainda, que
muitas empresas entraram em férias coletiva
no final do ano. “Algumas já retornaram ao
trabalho e o restante volta na próxima
semana. Faz parte de normalidade”, afirmou.