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Industriais das médias empresas estão menos confiantes em agosto, diz CNI

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19/08/2014

A falta de confiança do industrial está disseminada entre todos os portes de empresas, divulgou, ontem, a Confederação Nacional da Indústria (CNI). No entanto, nas médias indústrias o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) atingiu 44,7 pontos em agosto, enquanto nas grandes empresas e nas pequenas ficou em 47,5 pontos e 46,5 pontos, respectivamente. O índice varia de zero a cem. Abaixo de 50 pontos revela falta de confiança.

No geral, o ICEI somou 46,5 pontos em agosto - 0,1 ponto percentual acima do registrado em julho e 6,0 pontos abaixo do visto um ano antes.

Conforme a pesquisa da CNI, a confiança é menor na indústria de transformação, em que o ICEI de agosto ficou em 45,2 pontos. Entre os 27 setores pesquisados, o índice ficou acima dos 50 pontos somente na indústria farmacêutica, alimentos e bebidas. Na construção, o índice foi de 48,2 pontos e, na indústria extrativa, alcançou 50,2 pontos.

O levantamento foi realizado entre 1 e 12 de agosto com 2.763 empresas de todo o Brasil, das quais 1.056 são de pequeno porte, 1.049 são médias e 658 são de grande porte.

Terceirização


A contratação de serviços terceirizados na indústria brasileira se tornou um elo da estrutura produtiva e fator determinante para a competitividade do setor, de acordo com levantamento da CNI. A pesquisa mostra que 69,7% das empresas industriais - de transformação, extrativas e construção civil - utilizam serviços terceirizados e 84% das companhias que terceirizam pretendem manter ou ampliar a utilização do recurso nos próximos anos. A Sondagem Industrial Especial - Terceirização ouviu 2.330 empresas do setor, incluindo pequenas, médias e grandes, que contrataram serviços de terceiros nos últimos três anos.

Na avaliação da CNI, a terceirização é um fenômeno irreversível, reflexo da divisão do trabalho moderno num contexto produtivo globalizado.

A contratação de serviços terceirizados está tão integrada à estratégia das empresas que mais da metade do setor industrial seria afetado negativamente caso se torne impossível recorrer à terceirização. Segundo a pesquisa, 42% das empresas entrevistadas sofreriam com perda de competitividade se fossem impedidas de contratar terceiros. Outros 15,4% afirmam que uma ou mais linhas de produtos se tornariam inviáveis caso fossem proibidas de terceirizar. As empresas que não seriam afetadas representam 28% das ouvidas na sondagem.

Fonte: DCI

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