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Indústria vai propor 44 medidas ao presidente

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07/12/2021

Retomada da produção

Convocados pela CNI, representantes da indústria de todo o país se encontram hoje com o presidente Jair Bolsonaro para propor medidas para redução do Custo Brasil e o aumento da competitividade do setor produtivo no próximo ano.

Produção cai

A produção industrial no Brasil recuou 0,6% na passagem de setembro para outubro. É a quinta queda seguida. No ano, o acumuladoédealtade5,7%.

12,8% de queda

Foi a redução do faturamento da indústria em outubro comparado ao mesmo mês de 2020.

Com o setor crescendo em marcha lenta, representantes vão cobrar de Jair Bolsonaro pacote de medidas para garantira retomada

Representantes da indústria vão à Brasília se reunir com o presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira para debater a retomada do setor, marcada por um ritmo fraco de crescimento em âmbito nacional após o período mais crítico da pandemia da Covid-19. A produção industrial no Brasil recuou 0,6% entre os meses de setembro a outubro deste ano, a quinta queda seguida com acumulado de 3,7%. Mas, no ano, o resultado é alta de 5,7%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Convocados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), executivos e donos de empresas dos 27 estados brasileiros irão propor 44 recomendações que podem colaborar para aceleração da produção industrial. Nas ‘Propostas para a Retomada da Indústria e Geração de Emprego’ devem ser abordados tópicos para a redução do custo Brasil.

A reunião não contará com a presença do Superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), Algacir Polsin. Vice-presidente da CNI e presidente da Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam), Antônio Silva esclareceu que foram convidados para essa conversa somente os representantes das empresas. Na comitiva estarão 15 de empresas situadas no Polo Industrial de Manaus (PIM).

SEGURANÇA

“Assim estamos fazendo, levando os industriais para que possamos verificar efetivamente, dizemos algumas colocações que encaminhamos ao CNI que vai fazer um condensado daquilo que nós achamos que é necessário para que o país venha se desenvolver industrialmente. Um país sem indústria forte não é um país forte”, declarou Antônio Silva.

Sem entrar em detalhes, o empresário disse que um dos pontos que serão destaque na conversa com o presidente deverá ser a melhoria da segurança jurídica para a indústria amazonense. Ao longo dos anos diversas investidas da Câmara de Comércio Exterior, submetida ao Ministério da Economia sob comando do ministro Paulo Guedes, publicou decretos que alteravam a política de importação reduzindo as alíquotas para produtos como as bicicletas e eletroeletrônicos.

“As recomendações são ampla [tratam] principalmente a segurança jurídica no caso especificamente do nosso modelo para que nós não sejamos surpreendidos por medidas provisórias de forma que toda a hora estão querendo mexer no nosso modelo exitoso de desenvolvimento que tem uma geração agora em torno de 106 mil em- pregos diretos”, disse o presidente da Fieam.

Antônio Silva acrescentou que as indústrias na ZFM estão em “franco desenvolvimento” e destacou os últimos números do setor. Na última sexta-feira, durante reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS) foi aprovado investimento total de R$ 1,7 bilhão e preveem a geração de 832 postos de trabalho nos próximos três anos. De acordo com os últimos (lados indicados pela Suframa, entre os meses de janeiro a setembro de 2021, o PIM faturou R$ 116,59 bilhões, valor 36% maior do que os R$ 73,92 bilhões arrecadados durante igual período em 2019.

AGENDA

A reunião deve durar cerca de uma hora e inicia às 11 horas, horário de Brasília, conforme a programação preliminar obtida por A CRITICA. A presença do presidente da República, no entanto ainda é uma dúvida, já que poderá ser enviado um representante do Ministério da Economia para discursar.

No evento, além da entrega das propostas haverá também discursos. O primeiro a falar será o representante das federações das indústrias, Gustavo Pinto Coelho de Oliveira, da Federação das Indústrias do Mato Grosso. Em seguida, terá a palavra a presidente da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, Elizabeth de Carvalhaes, representando o Fórum Nacional da Indústria.

Logo após haverá o discurso do presidente do Conselho de Administração de Totvs, Laercio Consentino que representa, a Mobilização Empresarial pela inovação. Por fim, discursa Jair Bolsonaro.

Análise

Rodemarck Castello Branco Economista e professor UFAM

Pontos a serem considerados

O Brasil está há anos atravessando um processo de desindustrialização como demonstra a queda de sua participação no PIB nacional. A baixa competitividade dos produtos manufaturados nacionais está transformando o país em exportador de produtos agroindustriais e bens industriais de baixa tecnologia.

Para melhor inserção do Brasil na economia industrial mundial é essencial forte inclusão tecnológica dos parques produtivos, o que exigirá elevados investimentos em ciência, tecnologia e inovação. Razão pela qual entendo ser uma das principais recomendações da CNI, mas acrescento outra: maior grau de abertura da economia brasileira como instrumento de pressionar o aumento da produtividade e da competitividade industrial. Significa abertura responsável, precedida de inversões em infraestrutura econômica que reduza custos "fora fábrica".

Contudo, tem um princípio sem o qual o país não crescerá de forma constante, abandonando o contumaz "voo da galinha" da economia brasileira: responsabilidade fiscal, que exigirá reconstrução do orçamento público através da redefinição de prioridades. Não podemos continuar a crescer em torno de 1% ao ano, como na última década. Por final, em 2022 temos que debater o Brasil que queremos na nova revolução industrial.

FRASE

“ As recomendações são amplas principalmente a segurança jurídica no caso especificamente do nosso modelo para que nós não sejamos surpreendidos por medidas provisórias”

Antônio Silva Presidente da Fieam

Fonte: Acrítica

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