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Indústria tem participação determinante em resultado positivo do PIB

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07/12/2020

Fonte: Jornal Nacional

A indústria teve participação determinante no resultado positivo do trimestre.

Não tem mais máquina desligada na empresa. Depois de meses de silêncio, essa já é a boa notícia. O desempenho da indústria foi o que puxou a subida do PIB no terceiro trimestre. O setor saiu de um tombo de 13% entre abril e junho para a maior alta da série histórica: 14,8%.

A indústria de transformação - que faz produtos a partir da matéria-prima - veio de uma queda ainda maior, 19%, e, entre julho e setembro, cresceu mais de 23% e voltou aos níveis do primeiro trimestre.

Mas, no acumulado do ano, a indústria como um todo ainda registra perdas de 5%.

No início da pandemia muitas fábricas foram obrigadas a parar ou reduziram drasticamente a produção por causa do cancelamento de pedidos e da falta de demanda. A queda brusca nas atividades apontava para um cenário de perdas significativas em 2020. Mas agora já tem empresa refazendo os cálculos.

Uma fábrica em São Paulo, que fornece componentes para os setores elétrico e automobilístico, manteve só 20% da operação entre março e junho. Chegou a prever queda de mais de 10% para 2020. Mas os pedidos voltaram num ritmo até inesperado.

“No mês de setembro houve uma surpresa porque os números acabaram se tornando muito maiores do que a expectativa da gente”, disse o diretor industrial Ricardo Motta Rechenbergas.

O economista Rafael Cagnin, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial, diz que a indústria reagiu bem porque tinha condições de se adaptar mais rápido aos protocolos de proteção da Covid e permaneceu aquecida com ajuda do auxílio emergencial.

“Do lado da oferta, temos aí o desenho e a implementação de protocolos de segurança sanitária feitos de forma bastante rápida pelas empresas do setor e, pelo lado da demanda, poder contar com o aquecimento da demanda doméstica derivado pelos pacotes e peças medidas emergenciais do governo, notadamente o auxílio às famílias”, explicou.

Luka Barbosa, economista do banco Itaú Unibanco, acrescenta que a pandemia mudou o consumo das famílias.

“As pessoas não estão consumindo serviços, sobra dinheiro para adquirir bens, então pensa: se não vai no restaurante, no cinema, não vai para a academia, para o médico, não tem todos esses gastos, acaba sobrando dinheiro para consumir outras coisas”.

Mas Luka Barbosa lembra que, para superar as perdas da pandemia, vai ser preciso que outros setores também se recuperem:

“Acho que a recuperação do tombo da crise já aconteceu no setor de bens, mas para acontecer no setor de serviços também precisa da vacinação”.

A recuperação da indústria é boa, mas é só um recomeço.

“O ritmo de recuperação foi muito ajudado por uma base de comparação muito baixa e agora, daqui para a frente, é que é a questão, como se dá o ritmo, a dinâmica de crescimento nos próximos meses e trimestres”, afirma Cagnin.

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