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Indústria tem maior ocupação de máquinas dos últimos 5 anos em setembro

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09/11/2020

Fonte: Valor Econômico

A atividade industrial brasileira foi excepcionalmente forte em setembro, segundo a sondagem Indicadores Industriais divulgada nesta sexta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). As horas trabalhadas na produção subiram pelo quinto mês consecutivo e a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) superou 79%, o que não acontecia desde junho de 2015, chegando a 79,4%.

A UCI mede o quanto os equipamentos e os trabalhadores das empresas estão ocupados na produção em relação ao máximo de que pode ser produzido por um longo período sem dificuldades. A pesquisa é feita em parceria com 12 Federações Estaduais de Indústria. Os estados pesquisados respondem por mais de 90% do produto industrial brasileiro.

Já o faturamento, que já havia superado o nível observado antes da pandemia em agosto, continuou crescendo em setembro (5,2%) e, após cinco altas consecutivas, é o maior desde outubro de 2015. Apesar da grande variação na análise mensal, o faturamento ainda é negativo na comparação do acumulado de janeiro a setembro, com queda de 1,9% no acumulado do ano.

“Foi uma recuperação mais forte do que o esperado, mas não significa que o Brasil vai voltar crescer mais de 2% ao ano, como o Brasil precisa crescer, para o padrão de vida do brasileiro se igualar ao dos países desenvolvido”, explica o gerente-executivo de Economia da CNI, Renato da Fonseca.

Segundo ele, a indústria conseguiu se recuperar, mas ainda tem alguns problemas nas cadeias produtivas, por falta de insumos, e enfrenta problemas como o alto custo de energia, devido aos encargos sobre a conta de luz, e um alto custo tributário pela complexidade do sistema tributário nacional.

“O grande desafio é voltar a agenda de competitividade, principalmente a da reforma tributária, para que o Brasil tenha realmente uma indústria competitiva e volte a crescer mais de 2% ao ano, para o bem de sua população”, comentou Fonseca.

As horas trabalhadas na produção aumentaram 2,8% em setembro e passam a se situar muito próximo do patamar de fevereiro. O emprego industrial teve seu segundo mês consecutivo de alta, de 0,5% em setembro, após avançar 1,3% em agosto.

A massa salarial dessazonalizada aumentou 0,3% em setembro, após alta de 6,1% em agosto. Na comparação com setembro de 2019, a massa salarial real da indústria de transformação está 2,8% menor pois parte da indústria segue adotando suspensão de contrato ou redução de jornada com redução de salário. O acumulado no ano, entre janeiro e setembro, mostra queda de 5,6% ante igual período de 2019.

O rendimento médio real pago aos trabalhadores da indústria recuou 0,5% em setembro, após subir 4,6% no mês anterior. O rendimento médio também é afetado pelos acordos de redução de jornada ou suspensão de contrato. Na comparação com setembro de 2019, o indicador apresenta queda de 1,1%, enquanto o acumulado no ano até setembro mostra queda de 3,1%.

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