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Indústria tem avanço em janeiro, mas perde ritmo

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08/03/2021

Fonte: D24AM

A indústria brasileira engatou uma sequência de nove meses de recuperação, mas o ritmo de crescimento desacelerou em janeiro. A alta de 0,4% em relação a dezembro foi a mais branda do período de recuperação que sucedeu ao choque inicial provocado pela pandemia de Covid-19, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

O recrudescimento da pandemia também prejudicou os resultados de janeiro, especialmente no Estado do Amazonas, fortemente afetado pela alta no número de casos, com consequência sobre a linha de produção de bens duráveis na zona franca de Manaus.

O avanço também foi menos disseminado entre as atividades investigadas, alcançando apenas 11 entre as 26 que integram a pesquisa. Excluindo as indústrias extrativas do cálculo, a indústria de transformação teve um recuo de 0,1% em janeiro ante dezembro, depois de oito meses seguidos de crescimento.

Vários fatores estão por trás do dinamismo menor da indústria em janeiro, especialmente o fim do pagamento do auxílio emergencial pelo governo, avaliou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.

“Claro que tem uma série de fatores que estão por trás desse número (crescimento mais fraco), talvez algo que vinha sustentando o crescimento em meses anteriores, como o auxílio emergencial, que não está mais presente”, explicou Macedo.

O pesquisador complementa que também afetaram o desempenho da indústria fatores como a escassez de matéria-prima, o custo de produção mais elevado e o mercado de trabalho ainda deteriorado, com desemprego elevado e milhões de pessoas fora da força de trabalho.

Entre as atividades, a principal influência positiva foi dos produtos alimentícios, que avançou 3,1%, eliminando parte da redução de 11,0% acumulada nos três últimos meses de 2020.

Outras contribuições positivas importantes sobre o total da indústria vieram de indústrias extrativas (1,5%), de produtos diversos (14,9%), de celulose, papel e produtos de papel (4,4%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (1,0%) e de móveis (3,6%).

Por outro lado, entre as 14 atividades em queda, metalurgia (-13,9%) exerceu o principal impacto negativo no mês, interrompendo seis meses de taxas positivas consecutivas e que acumularam expansão de 59,0% nesse período.

Vale destacar os resultados negativos em equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos (-10,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,4%).

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