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Indústria se desenvolveu mesmo durante a pandemia, mas PIM precisa diversificar atividades em 2022, diz Wilson Périco, do CIEAM

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03/01/2022

Quase três anos de pandemia, crise do oxigênio, nova variante e ainda o vírus Influenza. Levando em consideração todos os desafios enfrentados por Manaus, o setor da indústria teve um saldo positivo, na avaliação de Wilson Périco, presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM). Para 2022, ele diz que as perspectivas vislubram bons resultados, mas é preciso mais, principalmente nos aspecto da tecnologia.

Para Wilson Périco, o desenvolvimento tecnológico dos municípios, e não apenas de Manaus, é fundamental nesse processo. Essa será, em sua opinião, a “receita perfeita” do bolo para fazer o estado como um todo mais independente, diversificando as matrizes econômicas. “Temos que trazer produtos que hoje não produzimos, não olhando só pelo faturamento que vai gerar, mas pela questão social, que é a geração de empregos. Temos condições de ter fruticultura, piscicultura, turismo ecológico, de pesca, mineração, os biofármacos, que devemos transformar em bionegócios e muitos outros”, apontou o presidente do CIEAM.

Périco falou sobre a concentração muito grande de geração de riqueza e renda somente na capital, enquanto os outros 61 municípios do Amazonas também possuem capacidade. “As potencialidades já foram mapeadas, isso só precisa ser desenvolvido também”, ressaltou, indicando, ainda, que isso tiraria a dependência do estado do que é arrecadado na capital, onde atualmente 95% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) está presente.

A capital se manteve esse ano, por nove meses, de acordo com dados do CIEAM, com mais de 102 mil empregos gerados diretamente no Polo Industrial de Manaus (PIM). Numa época onde o desemprego tem sido latente em outros estados, o presidente da entidade comemora o fato. No entanto, acredita que é preciso atrair novas atividades e fortalecer o PIM, somando forças.

Preparada

A Zona Franca de Manaus pertence a uma área incentivada e protegida pela Constituição Federal (CF/1988) e foi prorrogada até o ano de 2073. Até lá, o caminho ainda é longo e muito deve ser feito para a sua preservação, mas, nas projeções de Périco, a indústria está cada vez mais preparada, principalmente após a pandemia, uma realidade que ainda vai se estender pelo ano de 2023.

“O setor da saúde está mais preparado, temos mais estrutura, a vacinação já ocorre e os protocolos vão continuar, como o uso de máscara mesmo em pessoas vacinadas, o álcool em gel em todas as fábricas”, disse ele, lembrando também do vírus Influenza, a gripe de contágio muito forte e rápida, que atinge trabalhadores e se faz necessário o isolamento, sendo uma preocupação para a indústria, tão grande quanto a covid.

Os cuidados e protocolos são rígidos desde o início da pandemia, quando foram implementados para se impedir a disseminação do vírus no ambiente fabril. O resultado foi visto no retorno das pessoas após o recesso. “Vimos que as pessoas estavam se contaminando não nas fábricas, mas nos ambientes familiares, em seus círculos sociais”.

Retorno para o consumidor

Ainda após o recesso das fábricas, o Brasil todo se viu tendo que lidar com o aumento de combustível, gás, cesta básica – esta última, tendo maiores altas principalmente no Norte, em novembro, de acordo com pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em comparação com o mesmo período de 2020.

O setor fabril não foi diferente e Périco diz que a indústria sofreu com a dificuldade para conseguir insumos eletrônicos, principalmente componentes, usados para a confecção de eletroeletrônicos, como televisores, por exemplo. Tudo aumentou.

Tudo isso teve relação, segundo ele, com a demanda reprimida que houve quando o comércio foi fechado e, ao ser reaberto, as empresas se apressaram para atender aos clientes.

“Tivemos aumento de preço também e logístico. Um contêiner (para o transporte de cargas e utensílios do PIM) que antes era 2,5 mil dólares subiu para 25 mil dólares para vir para cá. Realmente boa parte desse preço foi refletido nos produtos”, confirmou.

No entanto, a perspectiva é de retomada econômica. “Sempre falo quando olhamos os indicadores econômicos, como o faturamento, que o mais importante é olhar a geração de empregos para a gente saber se o setor está bem. E isso deve continuar”, finalizou.

No balanço feito pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), a previsão é que o faturamento no PIM deve crescer 34% em 2022. O crescimento, aliás, deve ser positivo em todos os subsetores industriais.

Fonte: Canal 3

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