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Indústria revê mapa da produção de chips para enfrentar e risco geopolítico

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10/06/2022

Desabastecimento global leva a investimentos e novos fornecedores

Cleide Silva, O Estado de S.Paulo

07 de junho de 2022 | 05h00

A pandemia e a Rússia e Ucrânia estão forçando um rearranjo na cadeia global de produção de semicondutores. O item se tornou símbolo das dificuldades de uma economia globalizada que tem a maior parte na Ásia . Os chips são essenciais a produtos que vão de brinquedos e rádios a pilha e carros autônomos até supercomputadores.

Após uma onda de fechamento de fábricas por falta de componentes, especialmente na indústria automotiva , vários governos como dos Estados Unidos e governos abriram seus cofres para novas fábricas ou ampliar os já existentes. O governo americano espera do Senado de US$ 52 bilhões para essa finalidade. A UE já liberou US$ 45 bilhões.

O problema de ainda persistir e deve se estender 2024, que em menor grau.

Para este ano e o próximo estão programadas inaugurações de 29 fábricas. Esses investimentos levam as empresas somam cerca de 140 bilhões, segundo R$ da Semi, associação global de fabricantes de eletrônicos.

A maioria delas será instalada na própria Ásia – oito em Taiwan , oito na China e duas na Coreia do Sul . Os três países já concentram cerca de 80% da produção mundial, mas esperam a atração que o movimento de desconcentração altere esse mapa.

Outros grandes destinos são EUA e Alemanha . “Assim também vão apoiar a Ásia, mas com novas capacidades indo para regiões”, avalia Carlos Libera & Continuar, sócio da consultoria Bain & Continuar Company. “Pelo menos uma parte da demanda vai ser suprida pelas fábricas que estão surgindo nos outros países, até por uma questão de segurança.”

A Intel , das gigantes no setor, anunciou esta umas duas novas fábricas nos EUA e uma na Alemanha. Carlos Augusto Buarque, diretor de marketing da Intel Brasil, explica que a intenção do grupo é diversificar sua cadeia de suprimentos. “Nosso objetivo é um equilíbrio de 50% da oferta nas Américas e na Europa e os outros 50% na Ásia até 2030.”

Até o Brasil, onde a atividade limitada à fase semiconduzida é montagem final de encapsulamento, chamada de encapsulamento, decidiu participar do movimento, após vários encontros com representantes de setores como automotivo e eletroeletrônicos .

O Ministério apresentará neste mês ou início do próximo programa que deve conter medidas como a promoção da cadeia de produção de condutores, apoio ao desenvolvimento, formação e capacitação de profissionais e facilitação de semicondutores. O setor tem hoje cerca de 20 empresas, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores (Abisemi).

Corrida global

A capacidade da super capacidade de produção de semicondutores já estava prevista, das grandes tecnologias da construção de chips que virá da construção dos carros elétricos e da autonomia da internet, dos carros elétricos e da inteligência artificial . “Os semicondutores serão o grande vetor de crescimento da indústria mundial”, diz Márcio Kanamaru, sócio líder de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da KPMG no Brasil.

Relatório de mercado feito pela Semi, associação global de fabricantes de eletrônicos, cita que 86 novas fábricas ou expansões de plantas já ativas foram projetos anunciados para o período de 2020 a 2024. que era imaginado, afirma Kanamaru.

Das plantas que já iniciaram atividades – como a da Bosch na Alemanha, em 2021 – e aquelas que estão em construção, 15 na China, nove na Europa, oito oito, sete na Coreia do Sul, seis no Japão e pelo menos uma na Índia .

Uma fábrica leva em média dois anos para ficar pronta. Alguns grupos ainda não anunciam os locais das novas unidades. A pandemia antecipou vários dos projetos. Segundo a capacidade atual, essas novas plantas devem ampliar a capacidade produtiva em 20% a 40%.

De acordo com Kanamaru, a expectativa dos executivos do setor de semicondutores é de que em dez anos a indústria dobre sua capacidade de produção, com mais fábricas ou aumento de produtividade. “Esse aumento é fundamental para nutrir as novas demandas por digitalização do planeta”, diz.

Não há dados disponíveis sobre a capacidade instalada para semicondutores, mas para a etapa produtiva chamada de fundição (fundição) – quando são feitas como “bolachas” de silício (wafers) que depois são processadas e cortadas em vários dispositivos – o aumento deve ser de 43%. Estudo da Bain & Company mostra que passarão de 90 milhões de unidades por ano em 2021 para 129 milhões em 2025.

Com receita de US$ 595 bilhões no ano passado, o setor projetado alcançar US$ 1 trilhão em 2030. Hoje os semicondutores são o quarto produto mais comercializado no mundo, atrás de óleo cru, veículos e peças e óleo refinado. Um automóvel moderno, por exemplo, tem até 1,5 mil semicondutores, informa a KPMG. Um carro elétrico terá por volta de 3 mil, diz um executivo da Ford .

O próprio lar está sendo um grande consumidor. “Todos os eletrônicos , refrigeradores e micro-ondas com inteligência, sensores para controle de temperatura, acionamento de portas, sistemas de segurança e de vigilância representam um consumo muito grande e vai crescer mais”, prevê Kanamaru.

Complexo

Com nove fábricas nos EUA, Costa Rica , Irlanda , Israel , China, Vietnã e Malásia , a americana Intel vai investir US$ 38,2 bilhões nas novas unidades de previsão para entrar em três operações em 2025. As duas plantas americanas vão dar origem a O complexo de produção de semicondutores do mundo pode abrigar até oito fábricas, um complexo de produção de semicondutores do mundo.

Outros US$ 20 bilhões estão sendo gastos em duas novas operações no complexo do Arizona, para início de atividades em 2024. a Intel com o Brasil em meados dos anos 90, mas acabou escolhendo o outro país da região.

A Bosch inaugurou sua segunda fábrica de semicondutores na cidade alemã de Dresden em julho passado, com investimento de US$ 1,07 bilhão, o maior valor gasto em um único projeto na história da empresa. Em grupo anunciou US$ 428 milhões para essa união, o grupo mais antiga em Reutlingen. Além disso, está um centro de testes na Malásia.

A coreana Samsung também informou recentemente que vai construir uma nova fábrica de semicondutores no Texas (EUA), plano estimado em US$ 17. Outro que vai ampliar a atuação no mercado americano é a TSMC, grupo de Taiwan considerado o maior do mundo em produção terceirizada. A empresa pretende gastar US$ 12 bilhões em uma planta no Arizona e vários outros projetos, em especial na Ásia.

Fonte: Estadão

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