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Indústria questiona uso de R$ 158 milhões na Universidade do Estado do Amazonas

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14/08/2015

A indústria instalada na Zona Franca de Manaus (ZFM) repassou, nos primeiros cinco meses do ano, R$ 158 milhões à Universidade do Estado do Amazonas (UEA). A expectativa para 2015 é de que o montante repassado pela indústria local à academia fique ligeiramente abaixo dos R$ 390 milhões registrados em 2014, em função da queda na atividade industrial, já que o repasse é realizado com base no faturamento do Polo Industrial de Manaus (PIM).

Dividindo o montante repassado em 2014, pelo total de estudantes que passaram pela Universidade no período, o custo por aluno/ano foi de R$ 15,53 mil no ano passado –o que representa um investimento de R$ 1.291 por aluno/mês –valor que pode ser equivalente ao pago mensalmente por alunos de escola superior privada. Mas, apesar do alto investimento, o papel da UEA na geração de emprego e renda no Estado precisa ser revisto.

Adaptar cursos e grades curriculares de acordo com as potencialidades econômicas de cada município do Amazonas, com vistas para geração de emprego e renda, desenvolvendo novas matrizes econômicas e diminuindo a dependência do Estado da economia da capital Manaus: este deverá ser, a partir de agora, o destino dos repasses financeiros feitos pela indústria local. A opinião é de Wilson Périco, presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam). “Se pegarmos o que a UEA arrecadou no ano passado, por exemplo, estamos falando de R$ 15,5 mil por aluno. Se dividirmos este valor pelo número de alunos graduados, os recursos repassados superam os R$ 100 mil por aluno. Então recursos não faltam, o que temos que rever é a questão das disciplinas e grades curriculares de acordo com as potencialidades de cada município do nosso Estado para que as pessoas ingressem na UEA e ao se formarem, estejam em condições de obter emprego e gerar a renda naquele município”, defendeu.

Ainda segundo números do Cieam, o custo por aluno/ano na UEA passou de R$ 9,53 mil em 2010, para R$ 15,53 mil no ano passado, um acréscimo de quase 80%.

Importância


Apesar de reconhecer a importância da Universidade na formação intelectual nos 62 municípios do Estado, Périco defende uma revisão do que é ensinado em cada uma das unidades da UEA. Ao lembrar que 95% do ICMS estadual vem da capital, o presidente do Cieam, afirma que o Estado precisa aumentar a geração de riqueza e renda nos municípios do interior para deixar de ser tão dependente da economia da capital. “A UEA tem cumprido seu papel de forma muito boa. A Universidade está presente em todos os municípios do Estado, conhece as potencialidades destes municípios e as condições de agregar conhecimento e, consequentemente, gerar emprego e renda para o aluno que estuda nessas unidades. O que eu acho que podemos e devemos fazer a partir de agora é rever o foco, de acordo com cada uma das potencialidades de cada município. Temos que levar condições de criação de novos negócios, riquezas para o interior e com isso tirar a concentração de riqueza e renda da capital”, acredita Wilson Périco.

O Jornal do Commercio entrou em contato com a UEA, mas até o fechamento desta matéria não obteve respostas.

Fonte: JCAM


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