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Indústria perde protagonismo - Editorial

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26/09/2019

Editorial publicada pelo Jornal Acrítica

Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério da Economia ontem, revelam que a oferta de trabalho na Zona Franca de Manaus ainda não engatou uma sequência positiva de crescimento.

Especificamente quanto à indústria os dados mostram um cenário preocupante que já se arrasta há alguns anos. Em agosto de 2017, por exemplo, o desempenho industrial na geração de empregos foi praticamente nulo, saldo de apenas um posto de trabalho.
Em agosto de 2018, resultado um pouco melhor, com saldo positivo de 307 empregos.
Mas em agosto passado, nova queda, com 296 postos de trabalho.

A estagnação dos empregos na indústria é reflexo direto do cenário de incertezas que se instalou desde a prorrogação dos incentivos do modelo em 2014.

Ainda assim, há motivos para manter o otimismo. O Amazonas teve o melhor mês de agosto desde 2016, com destaque para o setor de serviços, que gerou 891 empregos, menos que em agosto do ano passado, mas expressivo mesmo assim.

No total, foram criados 1.905 empregos em agosto e o saldo acumulado do ano ultrapassa 10,6 mil novos postos de trabalho. Entre crescer e cair, é melhor o crescimento, ainda que a passos lentos. Ainda estamos muito longe dos níveis de emprego anteriores à crise.Em agosto de 2009, por exemplo, puxados pela indústria, os setores da economia amazonense criaram 6,5 mil empregos, uma inequívoca demonstração de força.

No ritmo atual de crescimento, voltaremos a ao nível de empregos de agosto de 2009 em 2033. Uma recuperação mais rápida depende da aprovação da reforma tributária em termos favoráveis à Zona Franca, do fim de medidas do governo federal danosas ao modelo, e da atração de novos investimentos nacionais e estrangeiros. Com a tendência de desaceleração da economia global, este último quesito fica mais distante.

Os outros dois se referem a aspectos internos e podem ser alcançados mediante forte articulação política e empresarial. O fato é que o Amazonas só voltará a criar mais de seis mil empregos por mês, como em agosto de 2009, quando a indústria voltar a crescer.

A estagnação do setor funciona como um freio na geração de empregos nos demais setores, devido à relação de dependência que se estabeleceu desde a criação do modelo.

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