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Indústria pede a Temer mais previsibilidade no câmbio

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17/08/2016

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, afirmou após encontro no Palácio do Planalto com o presidente interino Michel Temer, que a entidade acredita que o governo está atento à acentuada valorização do real frente ao dólar e defendeu mais previsibilidade para o câmbio. Essa preocupação do setor foi uma das questões tratadas durante reunião de representantes da indústria com Temer, ontem de manhã.

"A gente precisa ter um trabalho, de que a indústria brasileira ou tenha competição por meio de câmbio adequado, ou tenha mecanismos de compensação da diferença desse câmbio", disse o presidente da entidade. Andrade afirmou também que "não se pode trabalhar" com um câmbio que estava em torno de R$ 3,70 e agora ronda R$ 3,13, sendo portanto "fundamental" mais previsibilidade. "Para que o Brasil seja aberto a importações é preciso também que tenhamos competitividade para exportar", disse Andrade.

De acordo com o relato do presidente da entidade, o presidente interino entende que o comércio internacional é fundamental para o Brasil e precisa estar contemplado por uma estratégia de desenvolvimento. Durante a reunião, segundo o presidente da CNI, foram debatidas as principais demandas da indústria, como a reforma trabalhista, apontada como necessária para tirar entraves ao setor, e melhora da infraestrutura no país, para redução de custos de produção.

Ontem, a CNI divulgou ainda a pesquisa mensal de confiança do setor e mostrou que, após 28 meses, os empresários da indústria recuperaram a confiança na economia e no desempenho de seus negócios. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) calculado pela entidade aumentou 4,2 pontos, de 47,3 em julho para 51,5 pontos em agosto. Com esse resultado, o indicador supera a linha divisória de 50 pontos, ou seja, registra empresários confiantes, o que não acontecia desde março de 2014. A atual tendência de recuperação da confiança acontece desde abril. De lá até agosto, o índice aumentou 14,7 pontos.

Essa melhora foi puxada por todos os quesitos da pesquisa, mas em especial pela melhora das expectativas, cujo indicador subiu de 52,3 para 56,2 pontos. A expectativa quanto à economia brasileira saiu de 47,3 para 52,3, enquanto aquela relacionada à própria empresa subiu de 54,8 para 58,2.

Outro dado divulgado ontem apontou que 6 mil trabalhadores foram demitidos da indústria paulista em julho, segundo o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Depecon/Fiesp). A queda é de 0,15%, feitos os ajustes sazonais, e foi o melhor resultado mensal desde a alta de 0,38% em dezembro de 2014.

Para o diretor do Depecon, Paulo Francini, a queda do nível de emprego arrefeceu e a tendência é a estabilidade. "Teremos ainda algumas quedas, mas em menor dimensão do que há seis ou oito meses, mas podemos dizer que está se estabilizando", afirmou, em nota. Apesar da tendência de estabilidade, a Fiesp não alterou sua projeção para o emprego na indústria paulista, de queda de 165 mil vagas, ante perda de 235,5 mil no ano passado.

Fonte: Valor Econômico

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