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Indústria forte é a solução

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22/10/2013

Em simpósio ontem, na Câmara dos Deputados, que discutiu política de desenvolvimento regional para o Brasil, o vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Nelson Azevedo, destacou a necessidade de o governo fortalecer a atividade industrial na região Norte e de criar um modelo alternativo e sustentável de integração econômica dos Estados.

Nelson Azevedo, que é conselheiro Temático de Integração Nacional da CNI (Confederação Nacional da Indústria), representou o presidente da CNI, Robson Braga, no simpósio coordenado pela Cindra (Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia) da Câmara dos Deputados, em parceria com o Ministério da Integração Nacional e a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado.

Entre os debatedores, estavam o presidente da Cindra, deputado Jerônimo Goergen, o coordenador de Estudos Regionais do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o deputado Plínio Valério, analista de Política Pública da Secretaria de Desenvolvimento Regional/Ministério da Integração Regional, Daniele Nogueira Soares.

Azevedo disse que, para o fortalecimento da atividade industrial, é indispensável que se planeje solução para problemas de infraestrutura logística e de transporte, de prestação de serviços públicos e privados, principais entraves ao desenvolvimento, que afetam a competitividade nos mercados interno e externo.

Segundo o empresário, o fortalecimento da indústria exige também mudanças para que se instale bom ambiente de negócios, priorizando-se a preparação da mão de obra para atuar profissionalmente, atendendo às exigências do desenvolvimento. Isso somente será possível com a ampliação do acesso ao ensino e a expansão da rede física virtual.

“Já sabemos que a desigualdade gera um deslocamento populacional rumo às regiões mais desenvolvidas, agravando a concentração da população nas grandes cidades brasileiras, provocando favelização, pobreza e violência”, apontou Nelson.

O vice-presidente da Fieam observou que o avanço social não se sustenta se não for acompanhado de uma desconcentração regional mais efetiva da capacidade produtiva.

Os níveis de desenvolvimento econômico e social no Brasil são muito diferentes e desiguais entre suas regiões e até mesmo dentro de uma mesma região.

A Proposta de Agenda, apresentada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) em 2011, em seu diagnóstico, identificou que as regiões Sul e Sudeste respondiam em 2008 por 72,6% do Produto Interno Bruto Brasileiro, numa área ocupada de apenas 17,6% do território nacional. E mais, “a região Sudeste representou 56% do PIB (Produto Interno Bruto)brasileiro em 2008 e que apenas o Estado de São Paulo foi responsável por 33,1%”. “Por sua vez, a região Sul contribuiu com 16,6% do total de riquezas geradas no Brasil em 2008”.

Essa elevada concentração das atividades econômicas resulta em insignificante participação das regiões menos desenvolvidas –falo das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste –de apenas 27,4% do PIB nacional, numa área que cobre 82,4% do território brasileiro, onde vivem 43,1% da população.

Como foi identificada, no referido estudo, essa concentração de riquezas se torna ainda mais intensa quando se compara a distribuição do PIB da indústria de transformação.

Conforme a CNI, “as atividades industriais localizadas nas regiões Sul e Sudeste representaram 82,8% do PIB do setor em 2008”. “Novamente aqui se observa a preponderância da região Sudeste, que responde por 62,8% de toda a atividade industrial do país, e, dentro dessa região, o Estado de São Paulo – responsável por 44,4% do PIB industrial”, destacou Nelson.

Fonte: JCAM

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