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Indústria fecha 2013 com menos vagas

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15/01/2014

O emprego na indústria brasileira caiu 1,1% no ano até o mês de novembro, informou ontem o IBGE. Apesar de o mês de novembro ter ficado estável frente ao mês anterior, o indicador representa um recuo de 1,7% em relação ao mesmo mês de 2012. Em outubro, o indicador havia avançado 0,1%, quebrando uma sequência de cinco resultados negativos. Mas os salários no setor continuam em alta. No ano, estão 1,7% maiores e acumulam, em 12 meses, crescimento de 2,4%. Mas, em novembro, houve queda de 3,7% frente ao mesmo mês de 2012.

Na avaliação de Rafael Bacciotti, economista da consultoria Tendências, o emprego na indústria deve continuar caindo. Para ele, o ambiente não é propício para a geração de vagas, com o fraco desempenho da indústria no país. No ano passado até novembro, a produção industrial subiu 1,4%

"Ao longo de 2013, vimos um crescimento muito baixo da produção industrial. Então, no ano, não há como escapar do desempenho negativo registrado até novembro", disse Bacciotti.

Segundo o IBGE, o número de horas pagas teve queda em todas as bases de comparação. Em relação a outubro, 0,4%; contra novembro do ano passado, 2,2%; e, no acumulado do ano, 1,2%.

"O comportamento (negativo) do emprego e das horas pagas se tornou uma característica do mercado de trabalho nos últimos meses, com exceção de outubro", disse o economista André Macedo, responsável pela pesquisa.

Emprego subiu no setor de alimentos


Para Bacciotti, a redução no total de horas trabalhadas é reflexo da instabilidade da produção na indústria:

"Não tem como aumentar o número de horas trabalhadas se a produção industrial está instável. Para 2014, há uma expectativa de que o crescimento seja baixo e, com isso, podemos esperar menos horas trabalhadas e menos vagas. Além disso, a folha de pagamento já vem registrando desaceleração por causa da inflação, que se mantém no teto da meta, e comendo os ganhos do trabalhador."

No ano, o pessoal ocupado teve queda em 14 dos 18 ramos pesquisados pelo IBGE. As maiores quedas aconteceram nos setores de calçados e couros (-5,3%), madeira (-5,1%), refino de petróleo (-3,9%), têxtil (-3,7%), máquinas e equipamentos (-2,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-2,6%), outros produtos da indústria de transformação (-4%) e minerais não metálicos (-1,5%).

Os setores de alimentos e bebidas e de borracha e plástico aumentaram o emprego em 1,3% e 3%, respectivamente.

Para 2014, a expectativa do mercado é que a indústria cresça 2,2%.

Fonte: O Globo

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