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Indústria está sem força para crescer

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06/02/2014

A indústria patinou no ano passado e deve repetir o desempenho pífio em 2014. A avaliação é do gerente executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, para quem um crescimento de apenas 2% este ano é uma expectativa otimista. “O ambiente internacional está mais adverso. E o setor está sem empuxo para avançar”, disse.

Os números de dezembro, divulgados ontem pela CNI, mostram que, com exceção do emprego, com leve alta de 0,1%, todos os indicadores foram negativos na comparação com o mês anterior. O faturamento real caiu 1,1%, e as horas trabalhadas, 2,5% — o pior desempenho desde 2009.

Desânimo

“Dezembro, historicamente, é um mês fraco. Mas o de 2013 foi péssimo”, disse Castelo Branco. A massa salarial real e o rendimento médio real também tiveram quedas. Os recuos foram de 0,2% e 0,3%, respectivamente, em relação a novembro. O mês foi tão ruim que 1,3 mil empresas promoveram férias coletivas, 20% a mais do que no ano anterior.

O dado surpreendente foi o aumento de 3,8% do faturamento real de todo o ano de 2013, quando comparado a 2012. “Isso ocorreu porque o câmbio favoreceu a indústria exportadora, que, ao converter para reais suas vendas em dólares, teve um ganho importante”, explicou o gerente da CNI. Contudo, nem a desvalorização do real anima o setor. “O aumento das taxas de juros reprimem a demanda e o investimento, anulando os ganhos com o câmbio”, observou. Na terça-feira, o IBGE já havia apontado queda de 3,5% na produção industrial de dezembro e um crescimento de apenas 1,2% em 2013.

Seguro para exportações

O governo lançou um seguro de crédito para o pequeno e médio exportador. Empresas que faturam até R$ 90 milhões por ano serão beneficiadas por um mecanismo destinado a assegurar o pagamento de empréstimos de antecipação de receita com as vendas externas. O limite de cobertura será de US$ 1 milhão por companhia e as operações serão conduzidas pela Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação. A meta do governo é chegar a US$ 1 bilhão em garantias por ano até 2018, segundo o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Cozendey, alcançando cerca de 7 mil empresas exportadoras.

Fonte: Correio Braziliense

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