31/08/2016
O Produto Interno Bruto brasileiro (PIB) caiu 0,6% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre, segundo divulgou o IBGE. Na comparação com o segundo trimestre de 2015, o PIB recuou 3,8%. O resultado representa a sexta queda trimestral consecutiva e veio pior do que a mediana das expectativas dos analistas.
Apesar do recuo, dois componentes importantes que sinalizam uma saída da recessão - a indústria e o investimento - mostraram leve avanço na comparação trimestral. Por outro lado, o consumo das famílias, um dos motores de crescimento da economia, registrou o sexto trimestre consecutivo de recuo.
A indústria registrou leve avanço de 0,3%, enquanto os investimentos (medidos pela formação bruta de capital fixo) tiveram o primeiro resultado positivo depois de dez trimestres de recuo: +0,4%.
A agropecuária sofreu contração de 2%, enquanto os serviços apresentaram recuo de 0,8%, também na comparação ante o trimestre imediatamente anterior.
A continuidade da retração do PIB pode ser explicada pelo consumo das famílias, que continua em queda (-0,7%); pelo consumo da administração pública, que variou -0,5% na comparação trimestral, após crescer 1% no primeiro trimestre; pela desaceleração nas exportações - que cresceram 0,4% no segundo trimestre após registrar 4,3% de alta no trimestre anterior - e alta nas importações, que cresceram 4,5%.
"O importante é que quem tem mais peso, que é o consumo das famílias, continua puxando pra baixo, a administração pública que também tem peso considerável trocou: crescia 1% e agora caiu 0,5%, e a importação com a exportação foi o que contribuiu mais negativamente nessa queda do PIB", explicou Rebeca de La Rocque Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
Fonte: Portal do Zacarias