12/11/2018
Notícia publicada pelo portal D24AM
Pressionada, em grande parte, pelas quedas nos setores de
bebidas, de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, televisores
e de CDs e DVDs, a produção da indústria amazonense recuou 14,8%, em
setembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, o mais
acentuado do País, segundo a pesquisa mensal do Instituto Brasileiro de
Geografia
e Estatística (IBGE). A média nacional caiu 2% na mesma
comparação.
Sete dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas com relação a
setembro de 2017. O IBGE ressalta que setembro de 2018 (19 dias) teve
um dia útil a menos do que setembro de 2017 (20).
Na passagem de agosto para setembro de 2018, o Amazonas (-5,2%)
também registrou o recuo mais intenso do País, seguido por São Paulo
(-3,9%), Bahia (-3,3%) e Paraná (-3,1%). Por outro lado, Ceará (3,7%) e Pará
(3,5%) apresentaram os maiores avanços no mês.
“O fator que ocasiona esse comportamento negativo é o cenário de
instabilidade e incerteza política e econômica que causa cautela sobre a
tomada de decisão e sobre a produção e investimentos”, destaca o analista
do IBGE, Bernardo Almeida.
Segundo o IBGE, o resultado apresentado pelo setor industrial
amazonense pode ser explicado pelo desempenho negativo de algumas
atividades das indústrias de transformação. Dentre as atividades do Polo
Industrial de Manaus que apresentaram desempenho negativo em
setembro de 2018 com relação a setembro de 2017, destacam-se: a
impressão e reprodução de gravações – CDs e DVDs (-70,2%); fabricação de
máquinas e equipamentos – ar-condicionados de parede, split e central
(-31,1%); fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos –
disjuntor, chicotes, micro-ondas, alarmes e baterias (-29,7%); fabricação de
produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis – nafta, óleos diesel
e combustível, gasolina e gás GLP (-27,1%); Além disso, produtos de
borracha e material plástico e equipamentos de informática e eletrônicos
também tiveram desempenho negativo no mês.
No País, a média móvel trimestral para o total da indústria recuou 0,9% no
trimestre encerrado em setembro de 2018 frente ao mês anterior,
interrompendo a trajetória ascendente iniciada em maio de 2018. Em termos regionais, seis locais tiveram taxas negativas, sendo o maior recuo
no Amazonas (-3,2%).
Apesar dessas quedas, o acumulado do ano ainda mantém saldo positivo
de 7,8%, no Estado, o segundo maior do País. E nos últimos 12 meses, o
acumulado apresenta saldo de 8,1%.
A indústria nacional, no acumulado nos últimos 12 meses, passou de 3,1%
em agosto para 2,7% em setembro de 2018, e voltou a mostrar perda de
dinamismo, após interromper, em maio último (3%), a trajetória
ascendente iniciada em junho de 2016 (-9,7%). Sete dos 15 locais
pesquisados registraram menor dinamismo frente aos índices de agosto
último. Entre eles, Amazonas (de 10,2% para 8,1%), Rio de Janeiro (de 5,9%
para 4,6%) e São Paulo (de 4,9% para 3,8%). Já o Estado de Pernambuco
apresentou o principal ganho no dinamismo.
Incerteza política recua atividade industrial, diz IBGE
Com a redução de 1,8% na indústria nacional, sete dos 15 locais
pesquisados mostraram taxas negativas de agosto para setembro de 2018,
na série com ajuste sazonal.
Os recuos mais intensos foram no Amazonas (-5,2%), São Paulo (-3,9%),
Bahia (-3,3%) e Paraná (-3,1%). Por outro lado, Ceará (3,7%) e Pará (3,5%)
apresentaram os maiores avanços no mês. Pernambuco (1,7%), Goiás
(1,4%), Rio Grande do Sul (1,3%), Rio de Janeiro (1,0%), Espírito Santo (0,9%)
e Mato Grosso (0,9%) completaram o conjunto de locais com resultados
positivos.
Na comparação com setembro de 2017, a indústria mostrou retração de
2%, em setembro de 2018, com sete dos 15 locais pesquisados apontando
taxas negativas.
No terceiro trimestre de 2018, o setor industrial, ao avançar 1,2%, manteve o comportamento positivo presente desde o primeiro trimestre de 2017 (1,5%), mas mostrou perda de ritmo frente aos resultados do primeiro (2,8%) e segundo trimestres desse ano (1,7%), todas as comparações contra igual período de 2017. A desaceleração do crescimento da produção industrial na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2018 também foi observada em quatro dos 15 locais pesquisados: Amazonas (de 6,9% para -5,5%), São Paulo (de 4% para -1%), Rio de Janeiro (de 4,5% para 3,5%) e Minas Gerais (de -0,8% para -1,1%). Por outro lado, Rio Grande do Sul (de 0,4% para 12,4%), Espírito Santo (de -5% para 3%), Pernambuco (de 6,2% para 13,7%), Pará (de 6,5% para 12,9%), Mato Grosso (de -1,3% para 3,5%), Ceará (de -2,8% para 1%) e Região Nordeste (de -0,2% para 2,8%) apontaram os maiores ganhos entre os dois períodos.
Para o IBGE, a proximidade das eleições, realizadas em outubro, fez as empresas segurarem a produção e os investimentos.