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Indústria do Amazonas oscila

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15/01/2020

Fonte: Jornal do Commercio

Marco Dassori

A alta mais robusta da produção industrial do Amazonas, registrada em outubro, foi seguida por uma estagnação, em novembro. Ainda assim, o crescimento, contudo, ficou acima da média nacional e ajudou a consolidar a expansão acumulada do setor, situando o Estado entre os que obtiveram melhor desempenho no país. Os dados estão na pesquisa mensal do IBGE para o setor, divulgada nesta terça (14).

Em relação a outubro, o ritmo da atividade industrial amazonense foi zero –contra a alta de 2,3%, no levantamento anterior. No confronto com novembro de 2018, o resultado foi melhor (+11,5%) e bem além do anterior (+6,1%). A indústria do Amazonas também engatou seu quarto mês seguido no azul na variação acumulada de 2019, tendo crescido 3,5%. Em 12 meses, a elevação foi de 2,2%.

Apesar da estagnação, o incremento na variação mensal situou o Estado bem acima da média nacional (-1,2%), mas levou o Estado da segunda para a quarta posição entre as 14 unidades federativas pesquisas mensalmente pelo IBGE. Ficou atrás de Rio de Janeiro (+3,7%), Ceará (+3,4%) e Mato Grosso (+2,7%). No sentido contrário, Paraná (-8%), Espírito Santo (-4,0%) e Pernambuco (-4,1%) figuraram no rodapé da lista.

Em contraste, o aumento de 11,5% em relação a novembro de 2018 elevou a indústria amazonense do terceiro para o segundo lugar do ranking mensal do IBGE. O Estado ficou novamente bem acima da média brasileira (-1,7%) e só perdeu para Rio de Janeiro (+13,3%). Os piores desempenhos vieram de Espírito Santo (-24,3%), Minas Gerais (-8,5%) e Rio Grande do Sul (-5,5%).

Do mesmo modo, o desempenho do acumulado ano elevou o Estado da terceira para a segunda posição do ranking do Brasil –cuja média foi, assim como no mês anterior, negativa em 1,1%. O Amazonas ficou atrás apenas do Paraná (+5,4%) e bem à frente de Espirito Santo (-14,9%), Minas Gerais (-4,9%) e Mato Grosso (-2,9%).

Fora da curva Oito das 11 atividades da indústria local levantadas pelo IBGE tiveram bom desempenho entre outubro e novembro de 2019. As principais atividades foram a impressão e reprodução de gravações (+276%) (DVDs e discos), que teve percentual fora da curva, devido à alta, após longa série de quedas na produção; a fabricação de máquinas e equipamento (39,8%); a fabricação de bebidas (22%).

Ainda na comparação entre novembro de 2019 e outubro do mesmo ano, três atividades tiveram desempenho negativo, a indústria extrativa (-4,7%) (óleo bruto de petróleo); a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-11,3%) (gás natural) e a fabricação de máquinas e equipamentos e materiais elétricos (-2,9%) (conversores, alarmes, condutores e baterias).

No acumulado de janeiro a novembro, o crescimento também incluiu oito atividades da indústria. Os melhores desempenhos vieram de fabricação de máquinas e equipamento (39,3%); a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (11,9%) (gás natural); e a fabricação de outros equipamentos de transportes (7,5%) (motocicletas e suas peças).

Tendência positiva Em sua análise para o Jornal do Commercio, o supervisor de disseminação de informações do IBGE-AM, Adjalma Nogueira Jaques, ressalta que, embora o desempenho em relação ao mês anterior tenha registrado estagnação, os demais números da indústria amazonense –em especial os do acumulado –posicionaram o setor em uma situação comparativamente mais confortável do que a de outros levantamentos.

“Considerado o desempenho dos últimos três meses, podemos ter em dezembro mais um resultado positivo. Com isso, a tendência é que o ano de 2019 fechará acima dos 3% de crescimento da produção industrial amazonense. Em 2018, o crescimento foi de 4,3%. Portanto, qualquer crescimento que vier, já estará calculado sobre um ano com desempenho positivo”, amenizou.

Confiança e recuperação

Vice-presidente da Fieam e presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Manaus, Nelson Azevedo, considera que os números já eram esperados, dado que a sazonalidade do setor situa o pico de atividade em outubro e novembro, fato que explicaria o zero a zero entre os dois meses.

“O país está avançando e a confiança está voltando, como se pode ver pelos números do Codam e do CAS. A indústria vem se recuperando, embora ainda trabalhe com elevada capacidade ociosa e o saldo de empregos não venha no nível desejado. Os números 2019 vieram em uma crescente e devemos ter um 2020 ainda melhor”, ponderou.

Em sintonia o presidente da Aficam (Associação das Indústrias e Empresas de Serviços do Polo Industrial do Amazonas), Mario Okubo, disse ao Jornal do Commercio que o PIM atravessa momento de recuperação em um caminho ainda longo, mas com perspectivas melhores para 2020 melhor.

“O governo conseguiu dar alguma estabilidade para a volta desse crescimento. O PIM vai bem, com reflexos nas vendas do comércio local. É um bom argumento também contra quem quer tirar vantagens da ZFM, em Brasília. Por isso, nossa indústria precisa continuar gerando produção e emprego”, finalizou.

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