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Indústria do Amazonas dobra volume de empréstimos no BNDES

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28/08/2013

A indústria do Amazonas tomou emprestado R$ 219,6 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no primeiro semestre de 2013, mais do que o dobro do valor solicitado pelo setor em igual período de 2012. A maior parte, R$ 147,4 milhões, foi financiada para empresas do segmento metalúrgico e mecânico, onde encontra-se o Polo de Duas Rodas, que tenta se recuperar dos efeitos de uma crise causada pela restrição de crédito.

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Manaus (Simmmem), Athaydes Félix Mariano, o BNDES abriu uma agência dentro da Federação das Indústrias do Estado (Fieam), o que permitiu um contato mais próximo com as empresas, facilitando os pedidos de financiamento.

“O setor metalúrgico está investindo em máquinas e inovação para ser competitivo, mas esse é um setor com rápidas mudanças e, quando você acaba de adquirir novos equipamentos, já precisa pensar em renovações”, destacou. A competitividade com os importados é o principal motivo pela busca de inovações, avalia.

As indústrias metalúrgicas, segundo Mariano, estão buscando alcançar os mesmos resultados de 2012 por causa de fatores da economia que apontam que 2013 não será um ano de resultados melhores que o ano anterior. “Com a inflação crescente e dólar em alta, a nossa economia não está muito bem e isso não ajuda”, disse.

Para o presidente do Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM), Marcus Evangelista, o crescimento no volume de financiamentos do BNDES pode ser explicado pela preocupação das empresas do setor de Duas Rodas em investir em inovação.

“Acredito que há uma captação de recursos para modernizar linhas de produção, diminuir custos e aumentar a competitividade das empresas. Principalmente para competir com os importados”, ressaltou Evangelista.

O economista avalia o resultado como um reflexo da confiança de investidores na economia amazonense, mas critica a pouca participação dos municípios.

“Percebemos que nesse montante financiado há pouca captação por parte do interior do Estado, de investidores e das próprias prefeituras. Um levantamento recente do conselho apontou que as prefeituras não possuem economistas trabalhando na captação de recursos. Precisamos que o nosso interior se desenvolva e esperamos que com a ampliação dos incentivos fiscais da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) possa haver um desenvolvimento maior pelo menos na região metropolitana”, observou o economista.

Comércio  e serviços obtêm R$ 180,7 mi


O balanço do banco mostra, ainda, que outros subsetores da indústria recorreram aos recursos do BNDES. O comércio e serviços solicitararam R$ 180,7 milhões, em seis meses. O número de projetos apresentados, no entanto, ficou bem acima da indústria, contabilizando mais de 3 mil operações.

A produção extrativa obteve R$ 3,4 milhões, alimentos e bebidas R$ 9,9 milhões e material de transporte R$ 7,7 milhões. Até o primeiro semestre de 2013, a indústria foi responsável por 415 operações de crédito na instituição.

As micro, pequenas e médias empresas também tiveram bom desempenho no primeiro semestre de 2013, ao tomarem recursos de R$ 220,1 milhões, alta de 42,5% em relação ao ano passado.

No Brasil, o BNDES encerrou o primeiro semestre com o melhor desempenho já obtido pelo banco em toda sua história. Foram desembolsados R$ 88,3 bilhões para projetos de todos os setores.

Fonte: Portal D24.com

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