13/06/2022
Empresários da indústria atribuem o tímido desempenho da produção industrial, em abril, ao desequilíbrio na cadeia de suprimentos, crise econômica e fatores políticos.
Representantes da indústria atribuem o tímido desempenho da produção industrial, em abril, ao desequilíbrio na cadeia de suprimentos. Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou percentuais, que apesar de positivos, são menores frente aos números de março.
Conforme o PIM Regional, a produção industrial, no estado, em abril, cresceu 0,1% na comparação com a atividade do mês anterior. Na comparação com abril de 2021, a produção registrou aumento de 0,4%.
No acumulado de janeiro a abril a alta foi de 0,5%. Enquanto o maior índice foi registrado no acumulado de 12 meses, com crescimento de 1,5% na produção.
Para o presidente da Federação da Indústria do Estado do Amazonas (Fieam), Antonio Silva, o crescimento, apesar de tímido é importante, considerando fatores como a crise econômica e o processo inflacionário crescente, no país, que somados ao desalinhamento na cadeia de suprimentos, impactam na atividade produtiva.
“Entendo que, dado o momento de intensa instabilidade, os indicadores são positivos. Tão importante quanto a retomada e acréscimo dos números, é a manutenção e estabilidade do que já temos vigente”, comentou Silva.
Normalização depois de 2022
O presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, também comenta que a falta de insumos, principalmente de componentes eletrônicos, prejudica a atividade industrial e cita que é possível que a normalização do abastecimento aconteça a partir do próximo ano.
“A produção foi impactada, muito possivelmente, por falta de insumos. O segundo trimestre sempre é o mais fraco do ano. Essa situação de fornecimento não deve se normalizar esse ano e ainda temos essas questões do IPI e ICMS com São Paulo (SP), eleições, entre outros. Poderemos ter alguma melhoria no segundo semestre”, analisou.
Texto: Priscila Caldas
Fonte: Real Time 1