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Indústria demite mais de 7 mil no segundo trimestre, após febre da Copa

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14/07/2014

O Polo Industrial de Manaus (PIM) demitiu mais de 7  mil trabalhadores no último trimestre. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, as empresas estão retomando o ritmo normal após o aquecimento do início do ano para atender às demandas do varejo para a Copa do Mundo e as vagas estão sendo encerradas.  No mesmo intervalo do ano passado, o número de demissões somou 6,4 mil, resultado 16% maior em 2014.

De acordo com o  presidente do sindicato, Waldemir Santana, 6 mil pessoas foram admitidas no início do ano, por tempo determinado e, agora, essas vagas estão sendo encerradas.

“Algumas empresas apostaram alto e agora estão reduzindo, mas o número de trabalhadores se manteve entre 128 mil e 130 mil”, disse Santana.

Para o sindicalista, este foi o ano do segmento eletroeletrônico. De janeiro a maio, a indústria   faturou R$ 18,5 bilhões, ao  crescer 27,58% em relação ao mesmo período de 2013, quando foi registrado o faturamento de R$ 14,5 bilhões, de acordo com dados da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

“As contratações devem ser retomadas em setembro para alguns setores como o de tablets, celulares e televisores, principalmente, após a aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que prorroga a Zona Franca, marcada para a próxima semana”, disse Santana.

Maio foi o mês com o maior número de demissões no PIM, com 4 mil, enquanto em maio de 2013, foram 2,8 mil demitidos. No primeiro semestre deste ano, os desligamentos  somaram 13,5 mil contra 12,5 mil de igual período de 2013.

As empresas que mais demitem também são as que mais contratam. A Samsung da Amazônia dispensou 848 colaboradores no primeiro semestre, seguido da Philco, com 793 e a Moto Honda, com 737 demissões.

Atividade  industrial


A indústria amazonense apresentou a maior redução da atividade industrial entre os Estados, ao cair 9,7% de abril para maio de 2014, a segunda queda consecutiva no ano e a maior desde julho de 2012.

De acordo com a pesquisa mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na quinta-feira, o Amazonas acompanhou a tendência do setor industrial nacional que recuou 3,2% em maio, comparada ao mesmo mês do ano passado.

Segundo o IBGE, oito dos 15 locais pesquisados apontaram queda na produção. As retrações mais intensas de maio ocorreram no Rio de Janeiro (-7,9%), no Rio Grande do Sul (-7,8%), na Bahia (-6,6%) e no Amazonas, que amargou uma perda de 5,8%.

Na avaliação do disseminador de informações do IBGE no Amazonas, Adjalma Nogueira, o desempenho da indústria do Estado em maio “foi bastante pífio”.

“Os resultados do ano vem apresentando regressão, o que preocupa pois estamos divulgando o quinto mês e já estamos em queda e a tendência é de uma queda progressiva nos próximos meses”, destacou Nogueira.

A pesquisa aponta que, no Amazonas, o principal setor responsável pelo resultado ruim foi o de bebidas, mais especificamente o de preparação de xarope concentrado para elaboração de refrigerantes, que caiu 26,6%. Juntaram-se ao grupo dos setores com números negativos os fabricantes de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, como telefones celulares, receptor-decodificador de sinais de vídeo codificado e relógios.

Apesar dos números negativos em maio, o Amazonas conseguiu obter percentuais positivos nos índices acumulados. De janeiro a maio de 2014, comparando a igual intervalo do ano passado, o Estado apresentou um crescimento de 4,5% na produção industrial. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta foi ainda mais expressiva, 6,1%, a terceira maior do País, atrás apenas do Pará e do Ceará nesse confronto.

Fonte: Portal D24am.com

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