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Indústria de telecom: área de infraestrutura fica estagnada

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06/12/2013

O faturamento da indústria elétrica e eletrônica deve ser de R$ 156,5 bilhões neste ano, representando um crescimento nominal de 8% e um crescimento real (descontada a inflação) de 5%. Os dados foram divulgados hoje (5) pela Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), que estima um déficit de US$ 36 bilhões no setor, 11% superior ao registrado em 2012 (US$ 32,5 bilhões). Entre os diversos segmentos associados à Abinee, o de telecomunicações foi o que apresentou o maior crescimento na comparação com 2012. O setor deve fechar o ano com faturamento de R$ 26,6 bilhões, um aumento de 17%, porém, esse resultado se deve ao aumento nas vendas de smartphones. A área de infraestrutura permanece no mesmo patamar do ano passado.

Conforme os números estimados pela Abinee, o mercado de celulares deve encerrar o ano com uma produção de 61,061 milhões de unidades, sendo 31,9 milhões de smartphones e 29 milhões de aparelhos mais simples. “Se considerarmos que o preço médio de um aparelho tradicional é 120 dólares e o de um smartphone é 360 dólares, vamos chegar a um faturamento de R$ 15 bilhões com a venda de smartphones. Subtraindo dos R$ 26,6 bi (faturamento estimado para telecom) os R$ 15 bi, sobram R$ 11,6 bilhões para infraestrutura, o mesmo número do ano passado”, disse o diretor de telecom da Abinee, Paulo Castelo Branco.

Da parcela de investimentos que coube ao setor de infraestrutura (aqui estão os tradicionais fornecedores como Ericsson, NSN, Alcatel-Lucent e as chineses Huawei e ZTE), Castelo Branco estima que os recursos foram para backbone IP, rádio e acesso 4G. “Para 2014, esperamos que os negócios sejam na 4G e na faixa de 700 MHz (mais para o final do ano), além dos projetos do REPNBL”.

Informática


Outro setor cujos resultados apresentaram uma mudança de perfil foi o de informática. Os números preliminares da Abinee indicam faturamento de R$ 46,9 bilhões, um aumento 8% sobre 2012, puxado pela venda e tablets, que ocupa, cada vez mais, o mercado de notebooks e de desktops. O ano deve encerrar com a venda de 7,9 milhões de unidades de tablets, um crescimento de 142%; contra 8,2 milhões de notebooks (queda de 8%) e 5,7 milhões de unidades de PCs (com queda de 13%). “Houve uma mudança radical de 2012 para 2013 e, há, ainda, o impacto do câmbio que mudou”, comentou Hugo Valério, diretor da Abinee responsável pela área de informática.

Essa mudança de perfil impactou na balança comercial do setor, uma vez que os componentes para tablets são mais baratos do que os componentes importados para a montagem de PCs e notebooks. Assim, as importações de informática devem ficar 15% abaixo do volume importado no ano passado, caindo para US$ 2,7 bilhões. Já as exportações no setor de informática aumentam 5%, para US$ 399 milhões.  

Perspectivas 2014


Para o presidente da Abinee, Humberto Barbato, o ano de 2014 preocupa por ser um ano eleitoral, “quando tudo para no país” e em razão dos jogos da Copa do Mundo, que devem reduzir o número de dias úteis. “É difícil dar uma expectativa para a indústria em 2014, primeiro, porque em ano eleitoral não se aprovam leis, não sai reforma tributária e, com a Copa e os feriados não sabemos quantos dias úteis teremos”, observou. Barbato criticou também a proposta de reedição da lei que beneficia a Zona Franca de Manaus. “Se isto acontecer, a Abinee terá que pedir a prorrogação da Lei de Informática e isto não é a política pública que a indústria quer”, afirmou.

Apesar desse cenário, o setor econômico da Abinee estima para 2014 um crescimento de 5% no faturamento do setor eletroeletrônico, para R$ 165,1 bilhões. As projeções indicam aumento de 18% em telecom, para R$ 31,3 bilhões (puxado pelas vendas de smartphones) e uma queda de 1% no resultado de informática, que deve cair para R$ 46,3 bilhões.

Fonte: TeleSíntese

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