Ao contrário do comércio, a indústria não está tão preocupada com relação a possíveis prejuízos durante a realização do Mundial da Fifa em Manaus. Em relação ao decreto de ponto facultativo, o presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Antônio Silva, afirmou que a exemplo do que ocorreu com a ACA esta também foi uma solicitação feita pela entidade ao executivo municipal.

"Isso foi uma demanda nossa. Para que os industriários pudessem ter franco acesso aos jogos da Copa. Nesses dias o movimento naturalmente diminui. Ninguém vai deixar de ir ao campo de jogo. Não prejudicará em nada", afirmou.

Já em relação aos protestos, Silva acredita que eles vão continuar acontecendo, porém sem causar maiores transtornos.

"Eu acho que Manaus vai estar fora desses atos de vandalismo, até pela nossa origem cultural. Todos os jogos teste aconteceram de forma amistosa, de forma pacífica. Vamos ter jogos importantes e acho que não vamos ter esse tipo de movimentação agressiva".

Apesar do tom otimista, o presidente da Fieam também criticou o desempenho do governo federal na preparação para a Copa. Na opinião dele, Brasília poderia ter feito muito mais pela capital amazonense, principalmente no que diz respeito à infraestrutura.

"Não estou afirmando que o governo cumpriu suas ações. O governo não cumpriu as promessas, principalmente conosco aqui em Manaus. A parte de infraestrutura portuária e aeroportuária, por exemplo, já era para ter sido executada antes da Copa. A Copa está servindo apenas para alavancar as demandas que já existem".

Fonte: JCAM