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Indústria cobra mais autonomia para gestão efetiva da Suframa

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13/11/2014

As entidades de classe amazonenses querem recuperar a autonomia da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) para administrar o modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) e voltar a gerir os recursos arrecadados através da Taxa de Serviços Administrativos (TSA). Nos últimos anos, segundo os críticos do modelo, a autarquia tem servido apenas como agente arrecadador que repassa integralmente para os cofres da União os montantes oriundos das empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM), no comércio e serviços. A troca de superintendente abriu uma discussão para os rumos políticos que envolvem o modelo de desenvolvimento regional.

Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antônio Silva, a ascensão de Gustavo Igrejas ao cargo de superintendente interino da Suframa, atendeu as expectativas do empresariado local. “Mesmo que interinamente atende aquilo que nós pregamos: que a Suframa tem que ser administrada por um técnico que conheça o sistema como um todo”, disse.

No entanto, Silva adverte para a questão da falta de autonomia que o nomeado ao cargo poderá vir a enfrentar junto ao Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior (Mdic). “O problema não é só o nome, é o Mdic dar as alternativas necessárias para que ele possa desenvolver e desempenhar suas funções. Senão ele será mais um que vai ficar aí amordaçado pelo Mdic”, alertou.

Silva fez questão de salientar que sem poder para desenvolver um trabalho que compete ao superintendente da Suframa, em transformar a autarquia numa Agência de Desenvolvimento, Igrejas será apenas mais um indicado sem voz ativa. “Gustavo terá nosso apoio para que acabe definitivamente com todas essas sequelas que redundaram na saída, inclusive, do superintendente Thomaz Nogueira”, afirmou.

Na visão do presidente da Fieam, Igrejas já era o homem que vem tratando das políticas industriais dos PPBs que, segundo ele, são a “mola mestra” da existência da Suframa. “Senão tiver uma liberação maior por conta do Mdic para que o superintendente, inclusive com relação ao orçamento e verba, não irá acontecer nada. Por isso eu apoio o Gustavo”, ratificou.

Na opinião do presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, Igrejas é um profissional técnico de carreira, especialista nas questões do Polo Industrial de Manaus. Segundo Périco, ele conhece as necessidades, as dificuldades e os riscos que cercam as atividades da ZFM. “Dentro do quadro de servidores da Suframa eu não vejo ninguém com melhor perfil do que o Gustavo. Em relação à política, ele não é vinculado a nenhum partido, o que é bom”, disse.

O presidente da Associação dos Fabricantes de Insumos e Componentes do Amazonas (Aficam), Cristovão Marques, defende a manutenção de emprego e renda no PIM e vê em Gustavo Igrejas um forte candidato para assumir oficialmente o comando da Suframa. “Todo o empresariado gosta do Gustavo, ele é uma pessoa que escuta e tenta fazer o máximo pelo setor componentista que está morrendo. O Gustavo é um dos batalhadores para que fortaleça as empresas de componentes, isso é que nós esperamos”, revelou.

O presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Ismael Bicharra Filho, está preocupado com a defesa dos interesses do desenvolvimento da cidade, do Estado e da região de abrangência dos incentivos fiscais da ZFM. “A grande preocupação nossa, é que venha um superintendente que não tenha, nenhum, comprometimento com o nosso Estado e com a nossa cidade”, alertou.

Bicharra também salientou a necessidade de que o nome indicado para assumir a autarquia, tenha uma forte articulação política para acabar de vez com os ataques ao modelo ZFM e pôr um fim a ‘guerra fiscal’ entre as regiões.

Fonte: JCAM


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