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Indústria brasileira reage em agosto, mas ainda tem retração

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02/09/2013

A atividade da indústria continuou em retração em agosto, mas houve reação perante julho, sinaliza o Índice dos Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria calculado e divulgado hoje pelo HSBC. O indicador, divulgado há pouco pelo banco, subiu para 49,4 pontos em agosto, ante 48,5 em julho. No entanto, permanece abaixo dos 50 pontos, o nível que separa, na metodologia do índice, o crescimento da contração. Leituras abaixo de 50 pontos indicam contração.

De acordo com relatório divulgado nesta manhã pelo HSBC, a segunda retração mensal consecutiva da atividade da indústria mostra que houve recuo tanto nos setores que sinalizam investimento quanto nos setores de bens intermediários, enquanto os produtores de bens de consumo continuaram a mostrar expansão.

O economista-chefe da pesquisa, Andre Loes, destacou que, apesar da leve melhora do indicador na comparação mensal, a produção e os novos pedidos à indústria continuam a diminuir, embora em ritmo menor.

O relatório indica que as empresas relataram também que os preços dos insumos cresceram ao ritmo mais forte desde outubro de 2008,  refletindo o impacto da depreciação cambial . Além disso, apesar de os custos de produção haverem subido em ritmo levemente mais fraco em agosto do que em julho, ainda foi a segunda maior taxa desde outubro de 2008.

Concorrência chinesa


O enfraquecimento da demanda e o aumento da concorrência dos fabricantes chineses foram apontadas como algumas das explicações para a segunda redução mensal consecutiva nos pedidos para a indústria, revelada no desempenho do PMI de agosto.

O relatório do HSBC aponta que níveis mais baixos de novos pedidos têm sido registrados por dois meses consecutivos.

Os negócios para exportação caíram mais uma vez em agosto, refletindo em parte uma demanda mais fraca proveniente dos clientes argentinos e europeus, segundo a pesquisa.

Em resposta à capacidade produtiva ociosa e ao menor número de projetos, os fabricantes reduziram sua força de trabalho em agosto. Houve declínio moderado no nível de emprego em agosto, o quinto mensal consecutivo. Os dados do setor destacaram perda de emprego em todas as três categorias monitoradas,com a queda mais rápida sendo observada pelos produtores de bens de capital.

Fonte: Valor Econômico

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