05/11/2021

A demanda por mão de obra especializada, ou de maior valor agregado, é uma realidade que deverá se tornar ainda mais latente com a chegada da internet 5G. A carência de profissionais já é uma realidade no ambiente industrial, que caminha para a substituição gradativa de operadores físicos em linhas de produção por maquinários ou robôs.

De acordo com o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, atualmente as empresas já sentem a carência de mão de obra especializada e com a inserção da internet 5G a demanda será mais expressiva.

“A tecnologia 5G vai gerar oportunidade de emprego, de negócios, por conta da inovação tecnológica viabilizada pela rede. Mais do que nunca as qualificações em tecnologia da informação e programação serão demandadas, já estão sendo muito exigidas no mercado e serão ainda mais. Certamente teremos inovação no mercado e tecnologia de produtos que vão trazer oportunidade de emprego”, comentou.

O diretor da coordenadoria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Federação da Indústria do Estado do Amazonas (Fieam) e diretor de Projetos e Desenvolvimento de Negócios da Fundação Paulo Feitoza (FPF), Roberto Garcia, afirmou que a demanda por profissionais capacitados em áreas tecnológicas aumentou expressivamente nos últimos anos e a tendência é de maior necessidade por conta da inserção da internet 5G ao ambiente industrial.

“É uma realidade que acontece em todo o mundo. É uma oportunidade de capacitação de mão de obra, de acesso a emprego de maior valor agregado, o que obriga os institutos a acelerarem a oferta de cursos para atender à demanda das indústrias. É necessário acelerar o processo de capacitação de mão de obra”.

Novas demandas e aumento produtivo

Segundo o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, a tecnologia 5G irá acelerar a “internet das coisas” e a indústria 4.0, pois ambas demandam velocidade e disponibilidade de comunicação entre os diversos equipamentos que estarão interconectados.

O avanço tecnológico resultará em aumento produtivo e novas demandas ao PIM.

“O país entrará em uma nova fase virtuosa da comunicação móvel e a indústria instalada no PIM será demandada por produtos que podem ser controlados remotamente por aplicativos. Gradualmente, os aparelhos celulares deverão ser substituídos por smartphones mais modernos que possuem a nova tecnologia embarcada, gerando um incremento no volume de produção da indústria desse segmento, no comércio e nos serviços”, disse.

Texto: Priscila Caldas

Fonte: Real Time 1