18/06/2014
Na média, a produção da indústria de transformação marcou 47,2 pontos (índice abaixo de 50 indica queda), sétima queda consecutiva. Em relação a abril, a produção teve leve recuperação, pois havia marcado 46,5 pontos, o menor nível desde o tombo de dezembro de 2013. Os estoques, contudo, andaram na contramão e cresceram de 50,7 para 51 pontos de abril para maio. No caso dos estoques, percentuais acima de 50 indicam volume de mercadorias paradas superior ao planejado.
Por setores, aumentou o número de segmentos com estoques acima do planejado: de 15 em abril para 18 em maio. Uma das piores situações é a do setor automotivo, onde a produção caiu ainda mais em maio na comparação com abril e mesmo assim os estoques cresceram. A tentativa de controlar estoques via redução da produção também foi ineficaz no setor de máquinas e materiais elétricos e na produção de couros. Nos dois, a produção foi ainda menor e os estoques voltaram a piorar. No total dos 28 setores de transformação acompanhados pela CNI, 18 registraram queda na produção, quatro a menos que em abril, indicando uma pequena recuperação. Mas dos 18 em queda, metade intensificou a retração em relação a abril.
Além dos indicadores de produção e estoques, a pesquisa da CNI também mostra que a indústria mantém estratégia de ajustar o número de empregados. Desde outubro de 2012 o indicador não ultrapassa a linha divisória de 50 pontos. E em maio, ele marcou 46,2 pontos, o menor percentual desde aquela data. A expectativa de contratações futuras também piorou, alcançando 47,9 pontos (48,2 em abril). Outro indicador ruim quanto ao futuro aparece na expectativa de compra de matérias-primas. O número de setores que projeta menor demanda por insumos aumentou de oito em abril para 12 em maio. A indústria está mais otimista com a perspectiva de exportação. Em junho, o indicador de expectativa de quantidade exportada aumentou para 50,3 pontos, de 48,9 pontos em maio.
Fonte: Valor Econômico