30/04/2014
A prévia do indicador, divulgada na semana passada, mostrava aumento de 0,3% em abril, resultado que não se manteve na leitura final. “Os resultados de abril sinalizam continuidade do período de desaceleração do ritmo de atividade industrial, sem perspectivas, por ora, de reversão de tendência”, diz a FGV, em nota.
Na comparação com abril do ano passado, houve queda de 8,1% no índice de confiança, um resultado similar ao de março, que registrou recuo de 8,2% ante o mesmo período em 2013.
As avaliações tanto sobre o momento presente quanto sobre o futuro se mostraram mais negativas que na prévia. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 0,7%, para 97,3 pontos. Na prévia da Sondagem, essa alta tinha sido de 1,1%. De qualquer forma, houve melhora ante março e o indicador de nível de estoques foi o que mais contribuiu para isso. Diminuiu, de 9,4% para 8,4%, a proporção de empresas que se consideram com estoques excessivos. E a parcela de empresas com estoques insuficientes aumentou de 1,0% para 2,9%.
Houve, contudo, piora expressiva da percepção sobre o futuro. O Índice de Expectativas (IE) recuou 2,0% (queda de 0,5% na prévia), para 93,9 pontos. O quesito que mede as expectativas com a produção no curto prazo foi o que mais contribuiu para a queda do IE. Houve diminuição da proporção de empresas que preveem produzir mais nos três meses seguintes, de 30,9% para 27,1%, e aumento da parcela das que preveem produzir menos, de 11,4% para 12,0%.
Os dados finais da Sondagem também mostram maior ociosidade na indústria. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) diminuiu 0,3 ponto percentual, ao passar de 84,4% em março para 84,1% em abril.
De acordo com a FGV, a coleta de dados para a edição de abril de 2014 foi realizada entre os dias 01 e 25 deste mês com 1.219 empresas informantes.
Fonte: Valor Econômico