03/01/2014
Como resultados acima de 50 do indicador sinalizam expansão e, abaixo, contração da atividade, a expectativa é que a produção tenha diminuído levemente em novembro e voltado a crescer no mês seguinte, avalia Alberto Ramos, diretor de pesquisas econômicas para a América Latina do Goldman Sachs.
O dado oficial - a Pesquisa Mensal da Indústria (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - mais recente é de outubro, quando a indústria registrou, pela primeira vez em 2013, o terceiro mês seguido de crescimento em relação ao período imediatamente anterior. Depois de sete meses de desempenho bastante errático, houve altas consecutivas de 0,2%, 0,5% e 0,6%. A partir do PMI, portanto, a interpretação é que essa sequência foi interrompida em novembro e retomada em dezembro.
Constantin Jancso, economista do HSBC, acredita, porém, que dezembro pode ter sido um ponto de inflexão no desempenho recente da indústria brasileira. Em relatório, Jancso destacou que as empresas consultadas pelo PMI declararam aumento na produção e nas encomendas - estas pela primeira vez em seis meses - e que sentem uma pressão menor de custos.
"A boa notícia é que as condições pouco previsíveis no setor manufatureiro podem finalmente estar se traduzindo em pressões inflacionárias mais controladas para os bens comercializáveis. Depois de dois trimestres fracos, o ambiente de negócios melhorou, ainda que modestamente, no quarto trimestre", afirmou Ramos, do Goldman Sachs.
Fonte: Valor Econômico