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Indefinição na Suframa prejudica ZFM

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26/02/2015

A demora na definição de um nome oficial para comandar a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), pode retardar a implantação de alguns projetos industriais aprovados pelo Codam (Conselho de Desenvolvimento do Amazonas). A opinião é do secretário de estado de Planejamento, Airton Claudino. Durante a 254ª Reunião Ordinária do Conselho, que aconteceu ontem no auditório da Seplan (Secretaria de Estado de Planejamento), Claudino declarou que a indefinição na autarquia federal, apesar de não ter influências sobre a aprovação dos projetos submetidos ao Conselho, retarda a implantação dos mesmos, já que sem a aprovação da Suframa não há como utilizar os recursos federais. O secretário lembra que, um projeto aprovado hoje tanto pelo Codam como pelo CAS (Conselho de Administração da Suframa), por exemplo, leva três anos em média para ser implantado e a demora na definição do novo superintendente da Suframa pode alongar ainda mais essa espera.

“Embora eu creia que o mais relevante seja o projeto e não as pessoas, a falta de nomes pode retardar. Por isso precisamos avançar para que não retardem essas implantações. A demora traz incertezas e as incertezas são ruins para o empreendedor. As dificuldades na economia brasileira já são visíveis e a não aprovação pode causar ainda mais apreensão entre os investidores”, avaliou o titular da Seplan.

As atividades realizadas pela Suframa vêm sendo, desde o ano passado, sucessivamente adiadas devido a problemas internos como greves de servidores, perda de autonomia e exoneração do então superintendente Thomaz Nogueira. No calendário anual do CAS estão previstas para acontecer seis reuniões bimestrais nos meses de fevereiro, abril, junho, agosto, outubro e dezembro.

Porém, em 2014, o CAS conseguiu realizar apenas 50% das reuniões que deliberam sobre os investimentos no PIM (Polo Industrial de Manaus). O ano iniciou com diversas paralisações motivadas pelos servidores da Suframa e seus pleitos, negociados de janeiro a maio, quando aconteceu a 266ª reunião do CAS, a primeira em 2014.

Já prevendo os efeitos da Copa do Mundo no rendimento das atividades realizadas nos órgãos públicos, fez com que a 267ª reunião do CAS acontecesse em julho. Também como forma de adequação do calendário do conselho e minimizar os prejuízos com a evidente redução de investimentos no PIM.

Em agosto, logo após ser aprovada a prorrogação dos incentivos fiscais da ZFM por mais 50 anos, foi realizada a 268ª reunião do CAS, a terceira do novo calendário e última até o momento.

Mais de 100 projetos aguardam

Devido a essas dificuldades, o superintendente da Suframa em exercício Gustavo Igrejas declarou que a Suframa tem hoje cerca de 120 projetos em análise, aguardando a data da próxima reunião do CAS que, segundo ele, deve ser marcada para o mês de março. Igrejas explicou que a data ainda depende da agenda do titular do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), ministro Armando Monteiro, que faz questão de estar presente na reunião, que deverá avaliar uma pauta com cerca de 60 a 80 dos 120 projetos que aguardam análise da Suframa.

Gustavo Igrejas acredita ainda que, até a realização da próxima reunião, a autarquia já deverá conhecer seu novo superintendente.

“A definição é do ministro e até o momento ainda não temos uma posição. Com certeza o ministro não deve deixar de vir sem ter o nome do superintendente. Provavelmente até a data da reunião nós teremos um superintendente nomeado”, afirmou.

Sobre o Codam

A 254ª Reunião Ordinária do Codam, primeira de 2015, avaliou e aprovou 24 projetos industriais estimados em R$ 1,297 bilhão, e previsão de geração de 1.704 novas vagas no mercado de trabalho. Entre os destaques da pauta estão os projetos da empresa Cal-Comp Indústria e Comércio de Eletrônicos e Informática Ltda., para a fabricação de placas de circuitos impressos e subconjunto para aparelho de áudio e vídeo, com investimentos estimados em R$ 610 milhões; e da empresa Cal-Comp Indústrias de Semicondutores Ltda., para a fabricação de Pen drives, memória Nand Flash e cartões de memória “secure digital”. Com investimentos de R$ 84,336 milhões este último é o primeiro projeto do segmento dentro do PIM.

Fonte: JCAM

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