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Indefinição gera abandono no DI

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13/08/2014

As ruas e avenidas das áreas do DI (Distrito Industrial) ficam abandonadas devido à falta de clareza sobre a competência de quem é a responsabilidade pela manutenção das vias, que sofrem com erosões e buracos devido ao abandono. Nos 12 últimos anos, segundo dados do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), mais de R$ 1,4 bilhão das verbas da Suframa foram repassadas para a União. Porém, apenas 10% deste crédito voltou para recuperar as vias do PIM (Polo Industrial de Manaus).

“Falta clareza de quem é essa responsabilidade (manutenção das vias públicas do Distrito Industrial 1, 2 e 3). Para nós, do Cieam, é competência da prefeitura”, afirma. Porém, Périco reconhece a necessidade de intervenção da União e do Estado para sanar a precariedade que se instalou nas ruas e avenidas. “Primeiro foi necessário uma intervenção emergencial, que começou no ano passado. No segundo momento, que se trabalhe na manutenção e conservação dessas ruas”, diz Périco.

Em dezembro de 2012, a Suframa firmou convênio de R$ 104,5 milhões com o governo do Amazonas para recuperação das ruas do Distrito Industrial. Em maio de 2013, a Seinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura) contratou a Construtora Soma Ltda. para realizar a obra, por R$ 87,3 milhões. As obras começaram no mês de junho, mas foram paralisadas dois meses depois, retomando os trabalhos após acordo de reajuste de 2% do valor global do contrato, o que representa cerca de R$ 1,75 milhão, mas que não abrange o Distrito Industrial 2 e 3.

“Veja bem. Essa área pertence à Suframa, ou seja, ao governo federal. Por conta disso, está fora da nossa competência jurídica. Para recuperar o sistema viário do Distrito Industrial 2, nós precisaríamos de um outro convênio nos moldes do que foi firmado para trabalhar as ruas do Distrito Industrial 1”, explicou a assessoria de comunicação da Seinfra.

Mais de um ano se passou e as vias públicas do Distrito Industrial de Manaus permanecem com problemas de infraestrutura. As obras que iniciaram em junho de 2013 e contemplam 33 vias, perfazendo 43 quilômetros de intervenções. Com 34,30% da obra pronta, o desembolso financeiro não chega a 30%. Não há projeção de recursos extra até o momento, segundo a Seinfra. “Diariamente os dados sofrem atualização em razão dos serviços realizados pela construtora responsável pela obra. Agora mesmo a avenida Guaruba está recebendo reforço de base e aplicação de AAUQ”, informou a assessoria de comunicação.

A conclusão dessa obra está prevista para o segundo semestre de 2015, de acordo com o contrato. O prazo é de dois anos, por conta das peculiaridades regionais, onde o ano é dividido em inverno e verão, com predominância das chuvas no inverno -o que inviabiliza a realização de obras nesse período, e o verão menos chuvoso e que deve ser aproveitado ao máximo. “Na realidade, nestes dois anos previstos no contrato, trabalha-se efetivamente apenas um, já que são seis meses de chuva e seis meses mais ou menos sem chuva”, explica a assessoria da Seinfra.

Ação isolada

Com relação ao Distrito 2, zona Leste de Manaus, na última semana, a prefeitura solucionou um problema de erosão, em caráter de urgência, mas não há um cronograma de ações para recuperar as vias públicas naquela área. “Os serviços na rua Palmeira do Miriti foram concluídos no sábado passado. Em relação as outras vias do Distrito Industrial, não há uma programação por meio da prefeitura. Em caráter de urgência e pensando no bem-estar da comunidade Nova Vitória, a prefeitura fez melhorias no trecho em erosão. Foi feito por administração direta. Homens e máquinas da Seminf”, informou a Assessoria de Comunicação da Seminf (Secretaria Municipal de Infraestrutura).

Balanço das obras

De acordo com balanço da Seinfra, grande parte das vias já passou por todas as etapas das obras: recebeu a base reciclada (mistura solo cimentado, areia e revestimento), seguida da primeira camada de asfalto mais reforçado e revestimento final. Há vias, como a avenida Guaruba e trechos da avenida Buriti, que após as obras de asfaltamento, passaram por intervenções da Cigás (Companhia de Gás do Amazonas). Esses trechos também serão recuperados.

Na avenida Buriti, uma das principais do Distrito Industrial, o trabalho foi dividido em três etapas, sendo que a primeira já recebeu drenagem profunda, asfaltamento e recuperação de meio-fio e sarjeta. Na segunda etapa, 70% das obras de drenagem profunda já foram realizadas e grande parte do trecho também recebeu asfaltamento. Nessa área, 80% do trabalho de meio-fio e sarjeta foram finalizados. A terceira etapa ainda receberá obras.

Além do asfaltamento, a interseção da avenida Abiurana recebeu pavimento rígido (trecho em concreto) e, na rua Açaí, esse trabalho está 80% concluído. As ruas Balata, Ipê e Cupiúba, após recuperadas, também já receberam sinalização definitiva (horizontal e vertical). Balanço de 18 de julho de 2014.

Fonte: JCAM

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