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Incentivo amplia otimismo para bikes

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13/09/2018

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

As fábricas instaladas no PIM (Polo Industrial de Manaus) que concentram a produção de bicicletas devem ganhar incentivos para o setor. O projeto PBB (Programa Bicicleta Brasil), que foi aprovado no último dia 5, no Senado Federal, e segue para a sanção da presidência, beneficia o segmento de duas rodas em vários Estados.

O setor tem apresentado registros ascendentes nos sete primeiros meses com a produção de 10,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Representando 399.086 bicicletas produzidas e 361.241 unidades no ano de 2017. Os dados são da Abraciclo (Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares).

PPBs

Com esses números positivos representantes da indústria local estão otimistas e destacam que a medida vai impulsionar ainda mais o segmento. "Sem dúvidas a bicicleta é um dos principais produtos do PIM; juntamente com as motos é o segundo maior segmento em faturamento e geração de empregos. Como meio de transporte não poluente e que beneficia a saúde de seu usuário, a bicicleta já é utilizada maciçamente em vários países do mundo. No entanto, precisamos oferecer condições e seguranças para seus usuários com: ciclovias, ciclofaixas e uma educação de trânsito que respeite esse veículo.Essa medida vai sim impulsionar esse segmento, espero, gerar muitos empregos", disse o presidente da Cieam, Wilson Périco.

Périco aproveitou para falar sobre a inúmeras discussões, em torno da fixação de PPBs para modelos diferentes de bicicletas. "O resultado foi o aquecimento e geração de empregos. Isso é um exemplo que o modelo traz benefícios para o País e que precisamos garantir o direito do nosso modelo e aprovar novos PPBs para atrairmos mais e novos investimentos. Não podemos ficar reféns de técnicos dos ministérios que engavetam novos PPBs dificultando, ainda mais, a atividade industrial em Manaus", ressaltou.

Mais empregos

Nelson Azevedo, vice-presidente da Fieam, considera o programa um salto para a economia do país e, principalmente para o Estado. "A produção vai incentivar novos investimentos. O aumento da demanda, resulta em aumento de consumo,
que reflete na ampliação de emprego e renda dentro das fábricas. Essa medida vai minimizar bastante o desemprego", destacou Azevedo.

Outro aspecto analisado pelo vice-presidente, é a arrecadação e tributos para a máquina dos Estados e municípios. Para a consolidar o programa, Nelson Azevedo lembra que as prefeituras e os governos precisam estar engajados para implementar ações que possam dar condições à população. Ele citou a criação de ciclofaixas e ciclovias como medidas de segurança, além de educar o motorista de veículos, e os ciclistas obedecendo o limite de espaço de cada um.

"Não temos essa cultura aqui no Norte, estamos a passos lentos. Dentro do programa tem que haver esses cuidados. O cidadão quer sair com segurança. Outro ponto que devemos nos ater é os espaços que serão guardadas essas bicicletas, precisa ter um nível de segurança grande. A pessoa vai parar em determinado lugar, por alguns minutos, horas, ela vai precisar que a bicicleta esteja onde ela deixou, não correndo risco de ser assaltada. Em vários países já é assim", avaliou o vice-presidente, lembrando que o programa além de incrementar a produção do setor no Estado, o uso da bicicleta vai agregar a qualidade de vida, fluidez na mobilidade urbana e menos riscos ao meio ambiente.

Produção

Apostando no projeto, o gerente industrial da Bike Norte, Leonardo Brito, diz ser um avanço para o setor local. Ele declara que é muito representativo a valorização de bikes como meio de transporte. "O setor de duas rodas agradece e acreditamos ser uma grande estímulo para continuarmos produzindo com tanta dedicação e zelo o que pode ser a solução da mobilidade urbana", comemorou.

Entre as marcas nacionais de bicicletas instaladas no PIM estão: Sense, OX, Oggi, Houston e Audax e Dorel Caloi, Cannondale, GT, Schwinn.

Sobre o projeto

O projeto busca incentivar o uso do veículo para melhorar a mobilidade urbana em cidades com mais de 20 mil habitantes. O Programa Bicicleta Brasil vai apoiar os estados e os municípios na instalação de bicicletários públicos e na construção de ciclovias e ciclofaixas, além de promover campanhas de divulgação dos benefícios do uso desse meio de transporte.

O relator do projeto, senador Eduardo Braga (MDB-AM), recomendou a aprovação do texto, apresentado pelo deputado Jaime Martins (Pros-MG).

O PBB vai integrar a Política Nacional da Mobilidade Urbana (Lei 12.587 de 2012) e será financiado por 15% do total arrecadado com multas de trânsito, com coordenação do Ministério das Cidades. As ações poderão ser financiadas também com recursos da Cide-Combustíveis, por meio de alteração nas leis que fixa os critérios desse tributo (Lei 10.636.de 2002) e no Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503. de 1997)

"A arrecadação com multas de trânsito é da ordem de R$ 9 bilhões anuais, o que significaria que, aprovada fração de 15% para a infraestrutura cicloviária, seriam investidos nesse segmento da mobilidade urbana cerca de R$ 1,3 bilhão", explicou o senador Eduardo Braga.

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