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Importadoras têm queda nas vendas

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22/08/2013

As importadoras em Manaus estão lutando contra a alta do dólar. O crescimento da moeda americana, que chegou a atingir R$ 2,45 pela primeira vez em mais de quatro anos, durante a tarde de ontem, fechou em R$ 2,451. Prejudica as vendas e obriga os empresários a criarem alternativas para tentar manter um bom nível de vendas. A estimativa é que as vendas já tenham sido reduzidas entre 10% e 15% e os preços do produto já tenham subido na mesma proporção.

O proprietário da Importadora Três Elefantes, Jorge Caicedo, explica que o ideal para o mercado era o dólar em R$ 2,00, mas não acredita em uma retração da moeda. "Pelo que temos acompanhado, a tendência é subir. Acredito que deva ficar em torno dos R$ 2,70. Isso complica muito as vendas, então temos que criar alternativas para não aplicar todo esse aumento no produto", explica.

O gerente geral da importadora de materiais eletrônicos, Infocentro, Mário Bruno dos Santos, no entanto diz que há uma expectativa de que a moeda americana se estabilize e possa sofrer alguma redução e por isso a loja tem segurado as compras no momento. 'Estamos só esperando para ver se o dólar estabiliza, ainda acreditamos que possa descer. No momento estamos segurando as compras, esperando uma definição", comenta.

Importadoras lutam para não demitir

Jorge Caicedo, explica que é muito difícil fazer estoque para estar preparado para conter a alta do dólar, com isso acaba se buscando uma redução nos custos para conter o aumento nos preços. "A venda no comércio já vem em retração, se aumentarmos muito o preço essa situação fica mais complicada", comenta. Segundo o empresário a diminuição nos serviços e no conforto oferecido pela loja são algumas das alternativas buscadas. "Por exemplo, se temos dois ares-condicionados desligamos um. O próprio cafezinho que é servido aos clientes a gente acaba cortando. Diminui o uso do telefone, de horas extras. Assim evitamos passar todo o preço ao consumidor", explicou.

Segundo Jorge Caicedo essas medidas também evitam que seja preciso dispensar funcionários para controlar os gastos. "Até o momento não houve dispensa de funcionários, lutamos contra isso". Segundo o empresário com a chegada do final do ano as vendas tendem a aumentar e com isso estabilizar o mercado. "Temos a expectativa de que as vendas melhorem pela própria natureza, com a chegada do último trimestre. Então não optamos para fazer uma redução do pessoal" conclui. 

Iphones deixam de ser importados 

Segundo Mário Bruno, gerente geral da Infocentro, produtos mais caros acabam deixando de ser importados por ficarem com um preço muito fora do mercado. "Tem produtos que aumentaram tanto que não estamos conseguindo mais trazer, por que fica muito fora do mercado. Um Iphone5 que antes saía por R$ 2.200, hoje em dia se for vender no mercado está em torno de R$ 2.800, sendo que a tendência é o preço baixar depois do lançamento", comenta. 

Com isso há produtos que acabam não sendo mais importados. "O material da Apple, por exemplo, por ser um produto naturalmente mais caro, acaba ficando com um preço muito fora do mercado e param as vendas. Em virtude desse aumento estamos deixando de comprar e comercializar produtos da marca por enquanto", conta.

Outro produto que sofreu uma grande redução, segundo os empresários de importadoras, foi a venda de malas. "As vendas em geral já deram uma caída em virtude do preço. 

Com o aumento do dólar as pessoas acabam viajando menos, o que faz com que esse tipo de produto sofra uma redução ainda maior na procura", comenta Jorge Caicedo.

A gerente da importadora Top Internacional, Edilen Freitas, comenta que os perfumes e bebidas estão entre os produtos que mais sentem o aumento da moeda americana. A justificativa seria a preferência por produtos nacionais diante do aumento provocado pelo crescimento do dólar.

Fonte: JCAM

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