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Importações no Estado crescem 38%

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08/06/2017

Reportagem publicada no Jornal do Commercio

As importações no Amazonas registraram alta de 38% nos cinco primeiros meses deste ano na comparação com 2016, segundo o MDIC (Ministério da Iindústria, Comércio Exterior e Serviços). No total foram US$ 3,259 bilhões importados de janeiro a maio, contra US$ 2,362 bilhões em igual período do ano passado. Já as exportações nesse período foram de US$ 230,3 milhões com variação de -10,6% no mesmo tipo de confronto. Em maio, a importação registrou US$ 646,1 milhões e a exportação foi de US$ 52,5 milhões. A China continua sendo a líder dos países importadores para o PIM (Polo Industrial do Manaus), com mais de US$ 1 bilhão comercializados somente nos primeiros meses de 2017.

Segundo os dados da balança comercial amazonense, de janeiro a maio as importações cresceram US$ 897,4 milhões no Estado ou 38% no confronto com igual período do ano anterior. No total foram US$ 3,259 bilhões importados contra US$ 2,362 bilhões em 2016. Por outro lado, o Amazonas exportou US$ 230,3 milhões com variação negativa de 10,6% se comparado aos primeiros cinco meses de 2016, quando fechou com US$ 257,8 milhões.

Em relação ao mês de maio, as importações cresceram US$ 646,1 milhões com variação positiva de 21,3% no confronto com o mesmo mês de 2016, quando registrou US$ 532,3 milhões. Já abril fechou com US$ 678,8 milhões importados. Até agora, o mês março foi o melhor do ano para as importações com US$ 710,6 milhões. Maio também registrou aumento nas exportações, com US$ 52,5 milhões e variação de 9,2% em relação a igual mês do ano anterior, quando fechou com US$ 48 milhões. Na comparação com abril (US$ 45,7 milhões) a variação positiva foi de 14, 8%.

O presidente do Cieam (Centro das Indústrias do Estado do Amazonas), Wilson Périco, pede cautela ao analisar a alta de 38% nas importações do Estado. Segundo ele, mesmo com o saldo positivo isso não representa que atividade industrial aumentou. "Na verdade isso demonstra que as empresas estão buscando insumos fora do Brasil para se fortalecer, como as indústrias de componentes. No meu entendimento não cresceu a produção e demonstra apenas que o pátio industrial está comprando mais insumos", avaliou Périco.

Na avaliação do gerente-executivo do CIN-AM (Centro Internacional de Negócios do Amazonas) departamento da Fieam (Federação da Indústria do Estado do Amazonas), José Marcelo Lima, o aumento nas importações, principalmente a partir do segundo trimestre, é resultado dos pedidos feitos para a produção de fim de ano do setor industrial. "Esse crescimento é tendência porque hoje o PIM utiliza muita matéria-prima de outros países, principalmente o segmento de eletroeletrônico com componentes importados para atender sua linha de produção. Isso significa que está tendo incremento na produção do polo", afirmou Lima. Para ele, o aumento nas importações do Estado é visto como sinal do reaquecimento das indústrias.

Países asiáticos

Conforme o Mdic, a China continua sendo a líder dos países importadores para o pátio industrial, com US$ 1,111 bilhões em importações de janeiro a maio deste ano. Um crescimento de 40% em relação ao mesmo período de 2016, quando fechou com US$ 794,7 milhões. A segunda colocada é a Coreia do Sul com US$ 359,6 milhões vendidos ao PIM, número maior que do ano passado, aonde atingiu as cifras de US$ 267 milhões. Um crescimento de 36,6%. Já o terceiro colocado foi os Estados Unidos, que teve alta de 30,8% no período, com US$ 303,9 milhões importados ao setor industrial de Manaus. E na quarta colocação aparece o Vietna com US$ 239,8 milhões contra US$ 155,2 milhões em 2016. Um crescimento de 54,4%. Lima comentou que a maioria das importações vem de países asiáticos porque são considerados o centro de produções de peças de qualidade.

Em sentido oposto

Ao contrário das importações, o Amazonas exportou menos nos cinco primeiros meses. Com US$ 230,3 milhões exportados, a variação negativa foi de 10,6% se comparado a igual período do ano anterior, quando fechou com US$ 257,8 milhões. Referente aos números negativos, José Marcelo Lima avaliou como normal para a época devido a crise política e econômica do país. "É comum começar o ano com volume de vendas mais lenta, uma vez que só a partir de junho começa a ter um aquecimento ainda que de forma tímida", disse Lima adiantando que, o Estado tem como uma das estratégias fomentar uma negociação com os mercados da Argentina. "Isso é para dinamizar os negócios e vendas com aquele país", finalizou o gerente do CIN-AM.

Para Wilson Périco, devido a incerteza do momento politico que afeta diretamente o econômico, somado as mudanças de governo do Amazonas deixam o cenário incerto para projetar uma melhora no setor ainda neste ano. "Tudo isso reflete na nossa economia, em particular a mudança do governo porque os incentivos estaduais são muito importantes para as indústrias. Temos que aguardar", sentenciou o presidente do Cieam.

Principais produtos

Os números do Mdic mostram que partes para aparelhos receptores de rádio e televisão continuam ocupando o primeiro lugar na lista de produtos mais importados pelo Amazonas, tendo um crescimento de 64,8% e um total de US$ 644,7 milhões importados de janeiro a maio deste ano. Em seguida vem as partes de aparelhos de telefonia, que cresceram 30,5%, atingindo US$ 252,9 milhões em importações no período. Os microprocessadores ocupam a terceira posição com US$ 157,9 milhões e um crescimento de 47,4%.

Ainda segundo os dados do órgão, o produto mais exportado pelo Amazonas nos cinco primeiros meses foi a bebida concentrada. Mesmo com o indicador, o produto teve queda de 26% ao comercializar US$ 67,6 milhões, cifra menor que US$ 91,3 milhões em 2016. O segundo colocado são as motocicletas com US$ 37,4 milhões, alta de 26,6% na comparação com igual período do ano anterior, quando fechou em US$ 29,5 milhões. Em terceiro aparecem as lâminas de barbear, que teve alta de 25,4% no período, com US$ 15,4 milhões exportados do setor industrial de Manaus.

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